Nos últimos anos, a meliponicultura, criação de abelhas nativas sem ferrão, tem ganhado destaque
Goiás vem se destacando como um dos importantes produtores de mel do Brasil. Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a produção estadual cresceu 25,4% entre 2015 e 2023, chegando a 402,2 toneladas em 2023. O mel goiano ganha reconhecimento não só pelo volume, mas também pela qualidade, especialmente o mel de abelhas nativas sem ferrão, como Jataí e Uruçu-nordestina, valorizado no Brasil e internacionalmente por seu sabor e propriedades diferenciadas.
Incentivo público
Para fomentar a apicultura, o Governo de Goiás, por meio da Seapa, mantém programas como o Crédito Social e o Apicultura Social. Entre 2022 e 2024, foram destinados R$ 1,6 milhão em apoio ao setor, capacitando 535 agricultores em 13 municípios, dos quais 387 receberam benefícios diretos. O projeto Apicultura Social, lançado este ano, oferece equipamentos fundamentais para extração e armazenamento, agregando maior valor ao mel goiano e fortalecendo a agricultura familiar.
Papel ambiental
A relevância das abelhas vai além do mel: são fundamentais para a polinização das plantas, promovendo biodiversidade e aumentando a produtividade agrícola. Iniciativas como o Programa Estadual de Sanidade das Abelhas (PESAb) buscam assegurar a qualidade dos produtos e a saúde das colmeias no estado. Mundialmente, a China lidera a produção de mel, seguida por Turquia, Irã e Argentina; o Brasil ocupa a 11ª posição, com uma produção anual de 51 mil toneladas. Mesmo assim, o consumo médio no país é de apenas 60g por pessoa ao ano, muito abaixo da média mundial de 240g.
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