A suspensão da licitação para as obras de adequação do Aeroporto Civil de Anápolis, para transformá-lo em um terminal de cargas aéreas, acabou se transformando no estopim de uma crise anunciada. A classe empresarial da cidade, que já vinha reclamando da demora do governo estadual em viabilizar o funcionamento da Plataforma Logística Multimodal, agora estranha esse novo “golpe” que, na verdade, foi desferido pelo conselheiro do Tribunal de Contas do estado, Edson Ferrari, que brecou o processo por entender que não havia os elementos necessários para que a licitação ocorresse. Ou seja, falhas documentais.
Na primeira reunião ordinária da Associação Comercial e Industrial (Acia), na última quarta-feira,12, este assunto foi predominante na pauta. Sem conta, as reclamações de demora, também, na viabilização do entreposto da Zona Franca de Manaus. E, para completar, a entidade também foi comunicada que a Procuradoria do Estado está requerendo o prédio do antigo Tatico, no trevo de saída Brasília, que foi doado para a construção do Centro de Convenções.
O presidente da entidade, Ubiratan da Silva Lopes, disse que está apenas refletindo o anseio do segmento produtivo, que anseia maior celeridade na concretização dos projetos, que são estratégicos não apenas para a economia de Anápolis, mas de Goiás. O caso será estudado pelo Conselho Consultivo – em empossou os seus membros na mesma reunião e será liderado pelo ex-presidente Gilson Teixeira do Amaral Brito. O colegiado deve reunir o Fórum Empresarial – que congrega 19 entidades – além de apoios na área política, para mandar uma mensagem ao governo, expondo a situação e a posição do município face aos descontentamentos.
Para completar a onda de más notícias, por falta de pagamento, a empresa que fazia a recuperação da pavimentação da pista dupla que corta o Distrito Agroindustrial paralisou as atividades. Também a este respeito, os empresários querem saber de fato o que ocorreu e, sobretudo, quando a obra vai ser retomada.
A Secretaria de Estado de Planejamento divulgou esta semana que a licitação para as obras de adequação do aeroporto será realizada no dia 27 próximo. De acordo com o secretário Oton Nascimento Júnior, a obra em licitação tem valor aproximado de R$ 100 milhões e deverá ser executada no prazo de 720 dias corridos após a conclusão do processo de seleção da empresa ou empresas vencedoras. Os recursos serão provenientes da Goiás Parcerias, que está apta a captar financiamentos em fontes diversas, como organismos do Governo Federal, instituições financeiras, empresas e investidores.
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