O Aeroporto de Goiânia teve no início da semana, inaugurado o seu terminal de cargas, que é o primeiro 100% refrigerado em todo o país e que terá como foco as operações de produtos farmacêuticos, químicos e hospitalares.
A pergunta que não quer se calar é: Como ficará o chamado Aeroporto de Cargas de Anápolis?
Não há ainda essa resposta, mesmo porque, o chamado Aeroporto de Cargas, na visão da Infraero- que faz a gestão do sítio aeroportuário de Anápolis- tecnicamente, ainda nem existe.
A pista desse aeroporto, com mais de 3,2 mil metros de extensão e 45 metros de largura, foi projetada inicialmente para aeronaves de cargas, inclusive, as maiores da época. O projeto teve início em 2010. Como já estamos em 2025, 15 anos se passaram e o aeroporto continua sem decolar.
No mês de maio último, o vice-governador Daniel Vilela esteve em um evento em Anápolis e, naquela ocasião, informou que o estado estava iniciando um aporte de R$ 70 milhões para contratação de projeto e execução de obras ambientais na cabeceira da pista, devido à degradação ocorrida no Ribeirão Extrema. Além do complemento de obras de drenagem ao longo da pista.
Feito isso, a Infraero entraria com investimentos para de fato tornar o Aeroporto de Cargas de Anápolis operacional.
A inauguração do terminal de cargas de Goiânia, no entanto, é um cenário novo que se estabelece. Agora, Anápolis tem próximos dois aeroportos internacionais de passageiros e que operam também com cargas: além de Goiânia, também o de Brasília.
Esse inaugurado na capital goiana tem o seu público-alvo que parece ser bem o que o aeroporto de Anápolis comportaria, que é na área químico-farmacêutica, já que o município sedia o polo de Goiás e tem mais de duas dezenas de laboratórios, alguns deles, entre os maiores da América latina.
O terminal de Goiânia recebeu investimento na casa de R$ 25 milhões da concessionária Motiva Aeroportos.
Com uma área construída de 2.133,31 m² e capacidade de armazenamento de 1.531,8 m³ em câmaras frias, o terminal foi projetado para atender às exigências rigorosas do setor, que demanda controle preciso de temperatura e ambiente.
Segundo foi amplamente divulgado, esse terminal conta com todas as licenças necessárias, inclusive, autorização na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, podendo operar com as mais robustas aeronaves cargueiras, tipo Boeing 767.
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