A localização privilegiada de Anápolis dentro do mapa de oportunidades do Brasil, ganhou mais um componente de peso: a publicação “Regiões de Influências das Cidades”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira, 22. Trata-se de uma ferramenta técnica que apresenta o perfil da rede urbana brasileira, com a hierarquização dos centros urbanos e a delimitação das suas regiões de influência.
Na apresentação do estudo, o diretor de Geociências do IBGE, Luiz Paulo Souto Fortes comenta que o mesmo é realizado há quase quatro décadas, sendo que as publicações anteriores tiveram como referência os anos de 1972; 1987, 2000 e esta última, o ano de 2007. “Espera-se que, como as versões anteriores, este estudo seja útil tanto para o planejamento da localização dos investimentos e da implantação de serviços (públicos
e privados) em bases territoriais, quanto como quadro de referência para pesquisas de avaliação das condições de acesso da população aos serviços”, destaca Fortes.
Neste estudo, estabeleceu-se, inicialmente, uma classificação dos centros e, a seguir, foram delimitadas suas áreas de atuação. Na classificação, privilegiou-se a função de gestão do território, avaliando níveis de centralidade do Poder Executivo e do Judiciário no nível federal, e de centralidade empresarial, bem como a presença de diferentes equipamentos e serviços.
As cidades foram classificadas em cinco grandes níveis, por sua vez subdivididos em dois ou três subníveis. No topo da classificação hierárquica dos centros urbanos estão as metrópoles, subdividas em três grupos: grande metrópole nacional, metrópole nacional e metrópole. O segundo nível é o Capital Regional, que tem três subníveis: A, B e C. O terceiro nível é o Centro Sub-Regional, que tem duas subdivisões: A e B. O quarto nível é o Centro de Zona, que tem apenas a subdivisão Centro de Zona A. E, por último, estão os denominados Centros Locais.
Dentro desse modelo hierárquico, Anápolis está classificada como Centro Sub-Regional A e localizada entre Goiânia, classificada como Metrópole e de Brasília, considerada Metrópole Nacional. A rede de Brasília concentra 2,5% da população do País e 4,3% do PIB Nacional. A extensão dessa rede, conforme o estudo, é reduzida, compreendendo o oeste da Bahia, alguns municípios de Goiás e do noroeste de Minas Gerais. Entretanto, uma característica importante dessa rede é a alta concentração de população e renda no centro, que responde por 72,7% da população e 90,3% do PIB da rede. Entre todas as redes, é a que tem o mais alto PIB per capita, R$ 25,3 mil.
Goiânia e sua rede urbana, de acordo com o IBGE, concentram 3,5% da população e 2,8% do PIB nacional. Goiânia concentra 30,2% da população, e 29,7% do PIB da rede; possui PIB per capita de R$ 9,2 mil, e é o único caso de centro com este valor inferior ao do restante da rede, que é de R$ 9,5 mil. Abrange os Estados de Goiás e Tocantins, tendo ainda alguma penetração no Pará; Maranhão, Piauí e Mato Grosso. Fazem parte da rede de Goiânia: Palmas (Capital regional B); Araguaína (Capital regional C); Anápolis, Itumbiara, Rio Verde e Redenção (Centros sub-regionais A); e Balsas e Gurupi (Centros sub-regionais B).
O estudo situa também Itumbiara e Rio Verde como Centro Sub-regional A. No caso de Anápolis, há um demonstrativo apontando as cidades de maior influência, sendo: Abadiânia; Alexânia; Campo Limpo de Goiás; Cocalzinho de Goiás; Corumbá de Goiás; Gameleira de Goiás; Jesúpolis, Ouro Verde de Goiás, Pirenópolis e São Francisco de Goiás. Na região de influência de Goiânia estão 363 municípios e na de Brasília, 298, incluindo, de outras unidades da Federação.
Hierarquia dos centros urbanos
Metrópoles – são os 12 principais centros urbanos do País, que caracterizam-se por seu grande porte e por fortes relacionamentos entre si, além de, em geral, possuírem extensa área de influência direta.
– Grande Metrópole Nacional – São Paulo
– Metrópole nacional – Rio de Janeiro e Brasília
– Metrópole – Manaus; Belém; Fortaleza; Recife; Salvador; Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre
Capital regional – integram este nível 70 centros que, como as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios.
Centro sub-regional – integram este nível 169 centros com atividades de gestão menos complexas, dominantemente entre os níveis 4 e 5 da gestão territorial; têm área de atuação mais reduzida, e seus relacionamentos com centros externos à sua própria rede dão-se, em geral, apenas com as três metrópoles nacionais.
Centro de zona – nível formado por 556 cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares.
Centro local – as demais 4 473 cidades cuja centralidade e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes, têm população dominantemente inferior a 10 mil habitantes.