Aos poucos, os marcos da Anápolis dos anos 50, 60 até 90 têm sido destruídos, para darem lugar ao moderno, numa doída mudança na paisagem urbanística da Cidade.
Restam poucos edifícios de uma época pujante, quando o Município se destacou muito acima da média nacional e, por durante todo esse tempo, liderou a economia, a política, a educação e a cultura locais e da região.
Casarões históricos foram ao chão, para darem espaço aos edifícios de concepção mais moderna, sem a preocupação de se preservarem, pelo menos, parte da bela história de Anápolis. Dias atrás jogaram no chão o prédio construído em 1972 para sediar a Prefeitura, na Praça 31 de Julho. Ele foi sede, por mais de uma década do Governo Municipal.
Depois, por quase 40 anos, da Câmara de Vereadores. Acabou. Há rumores de que outros edifícios que contam a história da Cidade poderão ter o mesmo destino em breve. A conferir…
Todavia, dois casos recentes, mexem com o imaginário dos anapolinos mais antigos e tradicionais. O prédio onde, desde a década de 50 funcionou o Posto ABC (do Grupo Albérico Borges de Carvalho, revendedor Chevrolet), no cruzamento da Rua 15 de Dezembro com a Rua Barão de Cotegipe, não existe mais. Em seu lugar, erige-se um edifício com novas tendências arquitetônicas. Por certo, com o Posto ABC, morreram, também, muitas histórias de Anápolis.
E, há alguns dias, quem passou pela Avenida Pedro Ludovico viu a demolição do antigo “Bar do Japonês”, cujo nome original nos anos 50 era ‘Bar e Sorveteria Assahi’, da família Hirako.
SAUDOSISMO
Os saudosistas se lembram com certeza, do quanto aquele estabelecimento foi enigmático. É que, antes da abertura da rodovia Anápolis/Goiânia (hoje BR 060) o acesso a Nerópolis (mantido até os dias de hoje) e, à Capital do Estado era feito por aquela avenida, ganhava a região do Posto Presidente e seguia sentido Bonfinópolis.
O “Bar do Japonês” era uma espécie de Estação Rodoviária, onde se agrupavam centenas de viajantes de todas as tendências, vendedores, mascates, engraxates, famílias inteiras que ali se juntavam à espera das jardineiras (ônibus) que se destinavam a Goiânia, ou a Nerópolis. Também, o bar do Japonês não existe mais.
Qual será o próximo?


Fotos: Garcêz