Nenhum nome de Anápolis está entre aqueles especulados, até o momento, para a disputa das eleições majoritárias em Goiás em 2026, seja para governador ou senador. Antes do golpe de 1964, foram dois governadores não nascidos no município, mas intimamente ligados a ele. No período de exceção, mais um. E no pós-ditadura, outros três e, entre eles, o primeiro nascido na cidade.

Fora disso, apenas em duas oportunidades o município teve nome na disputa pelo Palácio das Esmeraldas, sem êxito. E uma vez indicou candidatura a vice. No mais, Anápolis sempre se contentou com as disputas proporcionais (deputados estadual e federal), suplências de senador, ou indicar nomes para a Secretaria de Indústria e Comércio.
PRIMEIROS PASSOS
Na pré-ditadura foi governador José da Silva Batista, o Zeca Batista, em 1909, por 2 meses e 23 dias. Era nascido em Pirenópolis, veio para Anápolis e emancipou politicamente o município em 1887. Depois Jonas Ferreira Alves Duarte, em 1954 (por 8 meses). Era de Cachoeiro do Itapemirim, mas se destacou como prefeito de Anápolis de 1961 a 1966.
Irapuan Costa Júnior, natural de Goiânia, foi prefeito de Anápolis em 1973 (por 8 meses e 17 dias), nomeado pelo governo militar. O regime também o nomeou governador, de março de 1975 a março de 1979. Foi deputado federal e senador.
No pós-ditadura, em 1986, o vice-governador Onofre Quinan assumiu o governo, por 1 ano, 1 mês e 2 dias. Era grande empresário em Anápolis, proprietário da Onogás. Os anapolinos lhe deram expressiva votação quando se elegeu ao senado (1991-1998).
SANTILLO
Em 1987 uma das maiores referências políticas de Anápolis, de Goiás e do Brasil assumia o Governo de Goiás, eleito pelo voto direto: Henrique Antônio Santillo. Era natural de Ribeirão Preto. Governou até 1991, de frente para Anápolis, cidade na qual fora vereador (1966-1970), prefeito (1970-1973) e representante da cidade como deputado estadual, senador, Ministro da Saúde, secretário de Saúde de Goiás e presidente do Tribunal de Contas do Estado.
O primeiro governador de Goiás natural de Anápolis, Ronaldo Ramos Caiado, assumiu o primeiro mandato em 2019 e o segundo em 2023. Foi deputado federal (5 legislaturas) e senador.
TENTATIVAS
Em duas outras oportunidades Anápolis teve candidato a governador. Em 2006, com o empresário Edward Júnior, anapolino. Obteve 1.365 votos, foi 6º colocado. Vereador em dois mandatos, a partir de 1983.
Em 2014 foi a vez de Antônio Gomide (PT). Renunciou ao 2º mandato de prefeito para concorrer ao governo. Entre 7 candidatos foi o 4º colocado, com 319.233 votos. Em 2006 Onaide Santillo, que cumpria o 3º mandato consecutivo de deputada estadual, foi candidata a vice-governadora, na chapa encabeçada por Maguito Vilela, em 2006.
Com quase 420 mil habitantes e próximo a 300 mil eleitores, sede de uma das mais importantes bases militares da América do Sul, de um dos maiores polos farmoquímicos do Brasil, de um dos mais expressivos distritos industriais do país, polo educacional, de saúde e religioso, referência em recursos hídricos, considerada o portal multimodal do país (com rodovias e ferrovias), entre outros atributos; naturalmente Anápolis deveria sempre oferecer nomes para as principais disputas majoritárias em Goiás.
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