O prefeito Roberto Naves e a primeira-dama e deputada estadual Vivian Naves, anunciaram por meio das redes sociais, a retomada das obras do anel viário do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA).
A confirmação veio após uma reunião na sede da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), com o general Santos Filho, presidente da autarquia.
Segundo Roberto Naves, a Prefeitura de Anápolis realizou a sua parte no tocante às exigências ambientais e o general Santos Filho “consertou todos os projetos” relativo à obra junto à Goinfra.
Com o cumprimento de todas as medidas e exigências, tanto na parte ambiental como do Ministério Público e, dessa forma, a obra efetivamente será retomada.
A deputada estadual Vivian Naves agradeceu o apoio presidente da Goinfra e o governador Ronaldo Caiado para destravar essa obra, há muito aguardada pela cidade e, em especial, pelo setor produtivo, os trabalhadores e os transportadores que farão uso desse anel viário.
O prefeito Roberto Naves também anunciou que após essa reunião, ficou definida a atuação da Goinfra para a realização de melhorias na sinalização das rodovias (GOs) que cortam a cidade, sobretudo, nas regiões do Bairro da Lapa e nos distritos de Souzânia e Joanápolis.
“Esse homem está fazendo diferença aqui [na Goinfra] ele não veio de Brasília a toa”, frisou Roberto Naves, ao destacar a atuação do general Santos Fillho.

Uma década
Iniciada em 2014, com previsão de um ano para a sua conclusão, a obra do anel viário do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA) já foi paralisada e retomada várias vezes ao longo de 10 anos.
Trata-se de um pequeno trecho, que ao longo dos anos acumulou problemas e mais problemas envolvendo o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Em 2018, conforme divulgou na época o CONTEXTO, a obra, então sob a responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego), foi alvo de uma operação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás.
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Um relatório técnico, elaborado por peritos em engenharia do MPGO, apontou irregularidades na obra, da ordem de R$ 3 milhões.
Na ferramenta GeoObras, do Tribunal de Constas do Estado de Goiás (TCE), a reportagem da época levantou que a assinatura para a execução da obra, no trecho de 7,8 quilômetros, aproximadamente, aconteceu no dia 10 de outubro de 2014. O prazo para a sua realização seria de 150 dias.
Depois, esse prazo foi dilatado para 525 dias. O valor inicial do contrato era de R$ 9.241.122,90 e houve um aditamento de R$ 1.023.628,26.
Em 2022, o governo estadual anunciou a retomada da obra, por parte da Goinfra.
Uma empresa foi contratada, via licitação pública, para executar o projeto, envolvendo a pavimentação de 7,8 quilômetros em pista dupla, com a implantação de galerias pluviais. O custo: 31,5 milhões.
Esse valor também está documentado na plataforma do TCE, conforme apurou o CONTEXTO.
Portanto, depois de idas e vindas, a expectativa é que agora, de fato, essa obra estadual saia do papel. O que, entretanto, não deve ocorrer antes do bolo de aniversário, no dia 10 de outubro próximo.

