O retorno das aulas presenciais na rede municipal, previsto para ocorrer a partir da próxima segunda-feira, 09/08, foi antecedido por uma polêmica, a partir do anúncio feito pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (SINPMA), em relação a uma greve da categoria, marcada também para se iniciar no dia 09 próximo.
Conforme foi divulgado pela direção do Sindicado, a “greve geral” foi deliberada em assembleia virtual da categoria, realizada na última terça-feira (03).
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A presidente do SINPMA, professora Márcia Abdala, destacou que a categoria quer continuar trabalhando, porém, defendeu que enquanto o esquema vacinal não estiver completo, ou seja, com a segunda dose ministrada nos profissionais, que permaneça o sistema remoto.
Conforme a divulgação do sindicato, os professores teriam relatado, durante a assembleia virtual, as “péssimas condições estruturais e sanitárias das unidades escolares do Município”.
Além disso, o sindicato ainda aponta que o número de registros de casos da doença ainda permanece alto em Anápolis, o que carece de atenção por parte de todos.
Contraponto
A reação sobre a decisão da greve veio por parte do vereador Jakson Charles (PSB), que é o líder do Executivo na Câmara Municipal. O primeiro contraponto apresentado pelo parlamentar foi com relação à questão estrutural e de segurança.
Jakson Charles afirmou que a Prefeitura investiu mais de R$ 6 milhões este ano no setor educacional, sendo que desse montante, em torno de R$ 1,9 milhão foi através do Programa de Autonomia Financeira das Instituições Educacionais (Pafie), para aquisição de equipamentos de segurança.
Ainda, citou que Anápolis largou na frente em Goiás, na vacinação dos professores, que começou no mês de maio, sendo que muitos já completaram o esquema de imunização com a segunda dose.
O vereador lembrou que os professores que porventura ainda não tenham recebido a segunda dose, deverão recebê-la no dia 09 e as aulas começaram um dia depois, mas com todos os protocolos de segurança sanitária.
“Por conta de um dia, há necessidade de uma greve?”, questionou o líder, que considera a medida do sindicato “irresponsável” e não representativa- na sua avaliação- de toda a categoria.
Foco na volta
Ainda no final da manhã de terça-feira, a secretária municipal de Educação, Eerizania de Freitas concedeu entrevista à imprensa para falar sobre a decisão do sindicato.
A secretária ressaltou que o calendário para o retorno das aulas presenciais está mantido para o início da próxima semana, obedecendo todos os protocolos de segurança sanitária.
Ela frisa que o foco da pasta está todo voltado para esse retorno e que questões outras relacionadas com a greve, serão analisadas e tratadas por meio da Procuradoria Geral do Município.
Ainda, ressaltou que a volta às aulas presenciais é um desejo maciço dos alunos, dos pais e também dos professores. E que tudo está planejado, com muito critério, para que o retorno das aulas ocorra de forma exitosa.