Em fevereiro de 2021, o volume de serviços goianos cresceu 6,2% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Esse é o maior crescimento desde o início da série histórica iniciada em janeiro de 2011.
Contudo, esse crescimento posiciona o setor a níveis semelhantes aos de outubro de 2019. Já o volume de serviços nacional cresceu 3,7%, registrando nove meses sem queda.
Quando comparado com fevereiro de 2020, o volume de serviços goianos apresentou um avanço de 1,9%, representando um comportamento de oscilação durante os meses. Já em nível nacional, observou- se uma queda de 2,0%, na mesma base de referência. Essa é a 12ª queda consecutiva, e o índice registra taxas negativas desde o início da pandemia de Covid-19.
Atividades
Para entender o crescimento de 1,9% no volume de serviços em fevereiro de 2021, frente ao mesmo mês do ano passado, devemos analisar como se comportou as atividades do setor.
Das cinco atividades que compõem o setor de serviços, apenas uma apresenta crescimento em comparação com janeiro de 2020. Serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 28,3%, sendo o nono crescimento seguido e o maior da série histórica e acumulando nos 12 meses um crescimento de 11,1%.
As atividades com queda foram de Serviços prestados às famílias (-19,9%), que apresenta variação negativa desde o início da pandemia, em março de 2020, e acumula perda de 38,6% nos últimos 12 meses; seguidas por Outros Serviços, com queda de 3,8%, sendo a terceira consecutiva; Serviços de informação e comunicação, com queda de 2,0%, registrando quedas desde novembro de 2018; e Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, que caiu 1,7% e apresenta quedas desde março de 2020.
Turismo

Em fevereiro de 2021, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 9,1% frente a janeiro de 2021, a maior variação do país. Quando comparado com fevereiro de 2020, o setor apresentou uma queda de 14,3%, sendo a décima segunda queda consecutiva. No acumulado dos últimos 12 meses, o agregado especial de atividades turísticas registrou uma queda de 35,4%.
Unidades da Federação
Regionalmente, 18 das 27 unidades da Federação tiveram expansão no volume de serviços em fevereiro de 2021, ante o mês imediatamente anterior. As expansões mais relevantes vieram do São Paulo (4,3%), Minas Gerais (3,5%), Mato Grosso (14,8%) e Santa Catarina (3,9%). Goiás apresentou a quarta maior variação do país. Já o Distrito Federal (-5,1%) teve a principal retração.
Frente a fevereiro de 2020, 17 das 27 Unidades da Federação tiveram taxas negativas. As principais influências negativas vieram do Rio de Janeiro (-5,3%), Bahia (-14,0%), Paraná (-7,1%) e Distrito Federal (-11,0%). Os resultados positivos mais relevantes vieram de Minas Gerais (6,2%), Santa Catarina (9,9%), Amazonas (10,7%) e Mato Grosso (6,3%). Nessa base de comparação, Goiás ficou em oitavo, com variação de 1,9%.
No acumulado do ano, frente a igual período de 2020, houve quedas em 18 das 27 unidades da Federação. Os principais impactos negativos vieram de São Paulo (-2,9%), Rio de Janeiro (-5,3%), Paraná (-8,0%), Bahia (-13,0%) e Rio Grande do Sul (-8,0%). Goiás acumula -1,2% de variação em 2021. Já as contribuições positivas mais relevantes vieram de Minas Gerais (4,0%) e Santa Catarina (7,5%).
A pesquisa
A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
Há resultados para o Brasil e todas as Unidades da Federação. A técnica de coleta é o Questionário eletrônico autopreenchido (CASI) e a Entrevista pessoal com questionário em papel (PAPI). (Com informações do IBGE)