De acordo com o relato do prestador de serviço, Danilo Lemos, de 25 anos, ele se dirigia à portaria do condomínio após concluir uma entrega quando o veículo do morador o teria fechado. Danilo afirma ter desviado do carro e seguido seu caminho, mas o morador teria aberto a janela e o repreendido verbalmente. Em resposta, Danilo retornou ao local onde o carro estava estacionado e, após uma troca de palavras acalorada, teria sido agredido pelo morador.
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Acionada, a Polícia Militar deteve o morador em flagrante em sua residência. O Registro de Atendimento Integrado (RAI) lavrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil indica que o morador será investigado por lesão corporal. O prestador de serviço sofreu fratura no maxilar e perda de dois dentes.
O RAI relata que a equipe policial “confirmou a agressão” e que o morador, ao ser abordado, demonstrava “extremo nervosismo e irritação”, além de desobedecer às ordens dos agentes. O documento também menciona que o comportamento do morador “representava risco à integridade física da equipe e à sua própria”.
Embora o morador tenha alegado “ter perdido a cabeça”, o motivo da briga não foi esclarecido. Ele foi solto na terça-feira (5) após pagamento de fiança de R$ 100 mil. A reportagem tentou contato com o morador via e-mail, mas não obteve retorno até o momento.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Centro-Oeste (OAB-GO) repudiou a agressão sofrida pelo prestador de serviço e comunicou que está acompanhando o caso. A OAB-GO reforça que a violência jamais deve ser utilizada como forma de resolução de conflitos e que todos os cidadãos merecem tratamento respeitoso.
Infelizmente, casos de violência contra prestadores de serviço não são raros. Em 2023, um entregador foi morto a tiros por um cliente na mesma capital. No mesmo ano, outro profissional da área foi agredido com um soco no rosto por um cliente em São Paulo.
É crucial que a sociedade se conscientize sobre a violência contra essa categoria profissional e que medidas sejam tomadas para coibir tais crimes.