Os candidatos que disputam o segundo turno para a Prefeitura de Anápolis, Márcio Corrêa (PL) e Antônio Gomide (PT) correm contra o tempo para fazer aquilo que é indispensável numa eleição: buscar votos. Eleição em segundo turno traz um novo cenário e, por conta disso, as estratégias são realinhadas.
Aposta de Márcio

O candidato à Prefeitura de Anápolis, Márcio Corrêa, durante essa campanha do segundo turno, continua apostando no viés ideológico para neutralizar o concorrente, Antônio Gomide (PT).
Por conta disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou à cidade no dia 11 último e há quem diga que ele poderá vir novamente, no fechamento da campanha. O discurso de direita e do conservadorismo teve, de fato, ressonância nas urnas no dia 6 de outubro.
E, claro, a estratégia de Márcio neste segundo turno não poderia tomar outro sentido. Não faria sentido, para fazer um trocadilho. Aquela história do futebol: Em time que está ganhando não se mexe!
Aposta de Gomide

O prefeitável Antônio Gomide (PT) trocou o marketing. O objetivo, claro, é dar uma pegada mais forte no adversário e chagar mais próximo do eleitor.
Na propaganda do candidato, inclusive, isso fica muito evidente quando a mesma traz algumas comparações. Por exemplo, cita que quando uma pessoa precisa de acompanhamento médico, de que ela precisa: de partido ou de experiência? Logo aparece o “X” marcando “experiência”.
Na mesma linha, quando a pessoa vai fazer uma construção, ela escolhe o pedreiro por partido ou por experiência? “X” também na experiência.
É uma forma de tentar quebrar o ideologismo partidário e jogar o foco no candidato.
Mesa Diretora I

É só essa eleição para a Prefeitura de Anápolis passar e definir quem governará a cidade nos próximos quatro anos- Antônio Gomide ou Márcio Corrêa – que outra eleição vai começar, nos bastidores políticos. Só que essa é para mandato de dois anos e o eleitor não participa diretamente.
Trata-se da eleição para a Presidência e demais membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Na nova configuração das bancadas, o Legislativo Municipal terá representações de 15 agremiações partidárias, sendo que fizeram duas cadeiras e sete, uma cadeira.
Há, portanto, do ponto de vista partidário, um certo equilíbrio. O que vai mandar então são os nomes e, claro, as articulações.
Mesa Diretora II

Todos os 23 vereadores vão votar e podem ser votados para a presidência e demais vagas da Mesa Diretora.
Mas, nos bastidores, tem-se que podem figurar nomes como o do atual presidente Dominguinhos do Cedro (PDT). O vereador José Fernandes (MDB), que foi o campeão de votos para a próxima legislatura. Além de Andreia Rezende (Avante), Professor Marcos Carvalho (PT) e Jean Carlos (PL), também muito bem avaliados nas urnas de 6 outubro.
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Além dos experientes Jakson Charles (PSB), João da Luz (Cidadania), Thaís da Apaan (Republicanos) e Luzimar Silva (PP).
Entre os novatos, é cedo ainda para saber se algum dos 6 eleitos vão iniciar mandato com essa empreitada (Presidência). Mas, pode ser que esse grupo esteja presente em outros cargos na Mesa.

- No dia 27, a votação do segundo turno deve ser mais rápida e, também, a apuração dos votos. São apenas dois candidatos. Dois números para teclar nas urnas eletrônicas e não tem muita matemática. Teve mais votos, leva.
- No primeiro turno em Anápolis, os juízes e promotores, os serventuários da Justiça Eleitoral, as forças de segurança e os mesários e mesárias que trabalharam no pleito cumpriram bem as suas missões e a eleição foi tranquila. Todos são merecedores de reconhecimento da sociedade.
- Nos dias derradeiros da campanha do segundo turno em Anápolis, os cabos eleitorais devem voltar com mais força às ruas. E não só eles, é importante que a militância do PL e do PT e dos aliados de ambos, estejam motivados, sobretudo, para convencerem mais de 84 mil eleitores que não foram às urnas no primeiro turno.
- O segundo turno eleitoral vai acontecer em 51 cidades brasileiras, sendo 15 capitais e 36 municípios do interior. Em Goiás, apenas três: Goiânia, a capital, Anápolis e Aparecida de Goiânia.