
O Salão do Automóvel de São Paulo deixou claro que 2026 será um ano de mudança acelerada no setor automobilístico brasileiro. Montadoras internacionais e nacionais apresentaram no evento uma série de modelos e estratégias, que incluem parcerias com montadoras já instaladas aqui no Brasil, apontando para uma largada forte de lançamentos, sobretudo na área de eletrificação, híbridos e renovação de portfólio.
A GWM, por exemplo, revelou que prepara 12 lançamentos para o Brasil em 2026, incluindo modelos de alto padrão como a minivan Wey G9 e o SUV Tank 700. A marca chinesa, que já conquistou espaço no país, aposta em ampliar sua presença no segmento premium, com preços que podem chegar à casa dos R$ 700 mil.
A Geely também anunciou novidades: o SUV híbrido-plug-in EX5 EM‑i, que terá produção nacional no segundo semestre de 2026, foi um dos destaques. A estratégia mostra que a eletrificação segue como pilar central nas estratégias das marcas.
Além disso, a Hyundai confirmou para o Brasil o SUV elétrico de sete lugares Ioniq 9 com autonomia estimada em até 620 km, marcando forte presença no segmento de luxo elétrico.
Há ainda o retorno de ícones ou a aposta em segmentos de nicho: a Honda vai trazer o cupê híbrido Prelude em 2026; enquanto a Jeep mostra o compacto Avenger, que será produzido no Brasil ainda em 2026 e mira público que busca mobilidade urbana.
Essas movimentações revelam alguns padrões e tendências que devem marcar 2026 no setor automotivo nacional:
- Eletrificação e híbridos plug-in ganhando protagonismo: marcas apostam que os consumidores estão prontos para dar o salto, com autonomia maior, conforto e tecnologia avançada, saindo um pouco do que tanto assusta o consumidor brasileiro, as viagens mais longas.
- Segmentos premium e novos nichos: não é somente volume que importa, há forte aposta em modelos sofisticados, SUVs familiares elétricos ou híbridos, estarão rodando em nossas ruas alguns com 6 e até 7 lugares;
- Produção ou montagem nacional como diferencial: com custos, incentivos fiscais e logística cada vez mais relevantes, marcas buscam produzir localmente para reduzir preços e ganhar competitividade. A CAOA de Anápolis-Go, já entrou com uma nova aposta e a Geely com a compra de mais de 26% da montadora Renault no Brasil;
- Transição da mobilidade urbana e conectividade: central multimídia, arquiteturas elétricas de alta tensão, plataformas 800V e redes de carregamento mais robustas fazem parte da nova ofensiva.
Para o consumidor brasileiro, isso representa mais opções, maior diversidade de tecnologias e, possivelmente, preços mais competitivos em elétricos e híbridos. Mas também exige atenção ao financiamento, infraestrutura de recarga, custo de manutenção e, principalmente, para auilo que mais nos assusta, assistência pós venda.
Em resumo, o Salão evidenciou que 2026 não será um ano comum — será marcado por renovação ampla, inovação e aceleração da eletrificação no mercado automotivo brasileiro. O setor se prepara para uma nova fase, em que escolher carro deixará de ser só questão de preço e potência, e passará a envolver tecnologia, sustentabilidade e conectividade.
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