Nossas pesquisas, com especialistas da área securitária e financeira — visto que a maioria das seguradoras opera na bolsa de valores — indicam que sim, os seguros de veículos deverão subir já no segundo semestre de 2024. Infelizmente, mais de 400 cidades foram afetadas, algumas quase completamente submersas, afetando cerca de 1,5 milhões de pessoas com algum tipo de dano. Pátios imensos estão cheios de veículos alagados e cobertos de lama. O pior é o tempo que esses veículos ficaram submersos, causando danos aos computadores, centrais de injeção, estofamentos, fios, cabos, faróis de LED ou laser. Enfim, muitos prejuízos foram registrados.
Mas o problema não se restringe aos veículos. O evento também afetou casas, pessoas, aeronaves, escritórios inteiros e uma infinidade de outros itens segurados.
O que você deve saber
Existem alguns aspectos a serem considerados. Por exemplo: a apólice de seguro oferecia proteção completa? Estava incluída na cobertura compreensiva ou ampliada que inclui a proteção contra enchentes? As seguradoras são empresas que precisam gerar lucro para remunerar proprietários e investidores, o que influencia na elaboração dos contratos. Quanto mais coberturas o cliente escolhe, maior é o valor a ser pago. No entanto, é preciso ponderar, especialmente quando o seguro pode representar até 6% do valor do veículo.
Voltando ao ponto principal, os segurados que incluíram cláusulas de cobertura contra enchentes em suas apólices não precisam se preocupar, pois receberão indenizações pelos bens perdidos. Isso inclui não apenas veículos, mas também todas as outras propriedades seguradas, como casas, carros, motos, utensílios domésticos, empresas, entre outros.
Mais de R$ 6 bi de prejuízos
De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), até meados de junho, mais de 8.500 veículos inundados foram registrados. Isso significa que as empresas seguradoras pagarão cerca de R$ 580 milhões aos clientes. A estimativa é que as seguradoras arquem com mais de R$ 6 bilhões de reais no total, distribuídos entre todos os segurados futuros.
Em Porto Alegre, muitas seguradoras já iniciaram processos de leilões para mitigar os prejuízos. Estima-se que pelo menos 90% dos veículos afetados pelas enchentes e com cobertura de seguro serão leiloados, com valores variando entre 45% e 65% do valor venal da tabela FIPE. Os demais itens que não forem a leilão serão indenizados integralmente. Não há como mitigar completamente o prejuízo.
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Até a próxima semana.
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