Uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (11/8) se tornou uma espécie de viagem no espaço da ciência e da fé. Entre os entrevistados, ninguém menos que os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Jefrrey Williams.
Butch e Williams estiveram onde poucos tiveram o privilégio de estar: a Estação Espacial Internacional, a ISS, na sigla em inglês.
Além deles, a entrevista contou também com a participação de Arturo Valdebenito Figueroa e Joe Owen, ambos da instituição Ansewer in Genesis, parceira da Associação Educativa Evangélica (AEE) e da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), na realização da Conferência “Ciência e propósito- o universo, a vida e a missão cristã.
Em boa parte da coletiva com os astronautas da ISS, “Butch” Wilmore e Jeffrey Williams, foi predominante a relação entre a ciência e a fé. E, nas falas dos “homens do espaço”, o que os conduziu às missões foi justamente a crença em Deus.
Durante cerca de duas horas, os astronautas relacionaram essa aproximação entre a ciência e a fé. Nas palavras de “Butch”, ele não precisou de ir ao espaço para compreender Deus.
A ciência, por outro lado, ajuda a entender sobre as forças gravitacionais que deixam a terra como se estivesse “pendurada”. Falou quem teve a oportunidade de ver essa imagem lá de cima.
Williams usou referências da Bíblia, para dizer que a terra foi criada por Deus para que o homem pudesse habitá-la.
Concluíram, assim, que Deus atuou até na ciência e deu aos homens ferramentas para explorá-la. Logo, ao invés de divergência, fé e ciência são na verdade convergência.
A amplitude do homem chegar ao espaço, conforme destacou “Butch”, não pode ser traduzida por meio de uma apresentação de um “powerpoint” ou num vídeo de Youtube. Aliás, essas tecnologias existem, hoje, em grande parte, por conta das pesquisas, muitas delas realizadas no espaço.
Perguntado sobre qual mensagem que estará dando aos jovens que usam essas tecnologias e que vão estar presentes no evento, “Butch” mostrou seu celular, explicando que a tecnologia que “os jovens adoram e passam com ela boa parte do dia”, foi fruto de pesquisas que começaram lá na década de 1960, com as pesquisas espaciais pioneiras.
Sendo assim, a palavra que ele resumiu para destacar essa contribuição foi: “De nada!”, brincou.
William e o capitão Wilmore descreveram experiências vivenciadas. Não deixaram perguntas sem respostas, mas atiçaram a curiosidade daqueles que ainda não conhecem as suas histórias e vivências, as quais serão compartilhadas no evento que acontece em Anápolis, em Goianésia e Ceres.
Quem não puder participar presencialmente, poderá acompanhar no canal do YouTube da instituição.
Momento histórico
O reitor da UniEVANGÉLICA classificou como “histórico” esse momento da instituição com os astronautas e os representantes da Answer in Genesis.
Segundo ele, esse evento evidenciará o caráter confessional da instituição, que tem buscado – e fará isso novamente em um congresso internacional- colocar na ordem do dia da comunidade acadêmica essa importante convergência da fé com a ciência.
Terror
Já no final da coletiva, o reitor pergunto ao astronauta Barry “Butch” se ele chegou a sentir “terror” no espaço, devido a problemas que enfrentou lá em cima junto à ISS.
Wilmore, para quem não sabe, estava numa missão técnica, que não deveria durar mais do que oito dias.
No entanto, falhas técnicas na nave em que ele estava, prolongo essa jornada por nove meses. Um tempo bem maior do que as missões planejadas à Estação Espacial, que chegam a no máximo seis meses.
“Butch” relatou que não chegou a sentir “terror”, exatamente. O que ele pensava era que a nave tinha de atracar na ISS, para ter uma chance de voltar. “Era atracar ou perecer”, lembrou.
Ou seja, o que era problema tornou-se uma amostra do que é um treinamento para quem vai ao espaço e precisa, portanto, estar preparado para qualquer tipo de situação.
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