Segunda maior população canina do mundo, deixa o País em estado de alerta devido à falta de melhores políticas de controle de natalidade e proteção social
Preocupação das autoridades sanitárias de todo o Brasil, a população de cães errantes, em Anápolis, não difere da média nacional. Em, que pese o esforço dos governantes através de décadas, este é um desafio longe de ser vencido e principalmente no atual contexto social, em que o número de cães abandonados pelos donos e/ou responsáveis, aumentou consideravelmente. Existem, em Anápolis, pelo menos, quatro instituições que se preocupam com a causa, inclusive um centro de controle de zoonose que funciona há mais de três décadas, mas, mesmo assim, é praticamente impossível o controle da presença de cães “sem dono” que circulam por toda a Cidade, centro e bairros. Duas organizações não governamentais cuidam de centenas de cachorros de todas raças e de todos os portes. Entretanto, não é tão perceptível a diminuição do número deles.
Esta semana o assunto foi, novamente, tratado na Câmara Municipal, tendo em vista o volume de queixas que chegam aos gabinetes dos vereadores. É que a presença incontrolada de cães pelas ruas constitui-se em riscos variados, como transmissão de doenças, ataques a pedestres, destruição das embalagens com resíduos sólidos (lixo urbano) e acidentes no trânsito, que têm como vítimas principais os motociclistas e ciclistas. E, o aumento da população canina, ou pets, como se convencionou denominar, é proporcional ao aumento, também, do abandono, Não é difícil deparar-se com animais de raças famosas deixados nas ruas pelos donos que não conseguem mais mantê-los, por variados motivos: mudança de cidade, mudança de casa para apartamento, falta de recursos financeiros para a aquisição de rações, consultas com veterinários e outros tipos de cuidados. Daí, o número de abandonos, sem contar os que já são originários de matilhas que se procriam em locais públicos.
Cães no Mundo
O Brasil ocupa o segundo lugar em população canina mundial segundo a WordAtlas, com 60 milhões de cães. O aumento dessa população acompanha o crescimento da classe média e a queda da natalidade. Cerca de metade dos lares brasileiros possui ao menos um cão. Os Estados Unidos lideram, somando 70,8 milhões de cachorros, contando com parques especiais, indústria pet robusta e regulamentação rígida, incluindo leis para raças consideradas perigosas, como pitbulls.
Em terceiro, a China possui 55,4 milhões de cães, tanto de estimação quanto de rua. Em Pequim, possuir cachorro já foi proibido, mas, com leis menos restritivas, o número de animais cresceu e o mercado pet se tornou um dos maiores do mundo. A Rússia, com 17 milhões, fica em quarto lugar; ali, cães de rua são comuns, e há casos curiosos como o dos “cães do metrô” em Moscou. O Japão, em quinto, possui 16 milhões de cães, superando o número de crianças. O mercado pet japonês movimenta US$ 10 bilhões por ano, com serviços exclusivos como spas e cafés para pets.
Nas Filipinas, em sexto lugar, há 11,6 milhões de cachorros; o país ocupa o quarto posto em mortes humanas por raiva. O combate à doença passou a priorizar vacinação e esterilização, deixando métodos cruéis no passado.
A Índia está em sétimo, com 10,2 milhões de cães, a maioria de rua. O abate é fortemente criticado, e programas de castração e vacinação reduziram casos de raiva. Em oitavo, a Argentina tem 10 milhões de cães, sendo 16% deles adotados das ruas; há incentivo oficial para castração e vacinação.
A França, nona colocada, conta com 7,4 milhões de cães — 17 para cada 100 pessoas — e registra altos índices de abandono, apesar das leis para identificação eletrônica. A raiva praticamente foi erradicada graças à vacinação. A Romênia fecha o ranking com 4,1 milhões, país que enfrenta polêmica pelas grandes populações de cães de rua, um legado do processo de urbanização.
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