Um ponto importante na defesa do dinheiro do consumidor. Caso não haja saldo suficiente em conta, o banco não pode cobrar nenhuma tarifa com valor superior ao saldo líquido nessa mesma conta. A explicação é do gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon Goiás, Gleidson Fernandes, acrescentando que era comum o banco debitar uma tarifa na conta com saldo inferior e, além dos juros sobre o saldo devedor, ainda cobrava uma tarifa pela conta estar nessa situação. Ele alerta ainda que mesmo sendo um valor aparentemente irrisório, acabava virando uma bola de neve.
O consumidor também deve ficar de olho no extrato e verificar o que é cobrado com o que é divulgado. As agências precisam divulgar, em local visível, as tarifas existentes e seus respectivos valores. Caso comprove alguma irregularidade, o cliente deve procurar o gerente e pedir a solução do problema. Persistindo o erro, deve recorrer aos órgãos de proteção e defesa do consumidor, esclarece o gerente do Procon Goiás.
Tarifas bancárias
Para saber quanto os consumidores pagam pelo atendimento bancário, o Procon Goiás apurou de 20 a 30 de outubro, as tarifas cobradas por 12 diferentes instituições. Os técnicos da Gerência de Pesquisa e Cálculo mediram os preços de 20 tipos de tarifas de serviços considerados prioritários. A diferença entre o menor e o maior valor cobrado chegou a 150%. A variação para um mesmo tipo de serviço (saque, depósito, transferência, extrato) chegou a 300%.
Já a variação dos pacotes que incluem: criação e renovação de cadastro, saques, extratos e transferências entre contas na própria instituição – foi de 87,5%. Outra conclusão importante é a de que os clientes pagam até 50% a mais para receber atendimento pessoal no caixa.
A tarifa de saque de conta de depósito ou poupança nos Terminais de Auto Atendimento – TTA custa R$ 1,00 no Citibank e R$ 2,50 no banco Safra, diferença de 150%. Para o fornecimento de extrato mensal nos TAA a variação da tarifa chegou a 130,77% com preços variando entre R$ 1,30 no Itaú e R$ 3,00 no banco HSBC.