Lá vêm eles. De novo!
As eleições de 2020 podem marcar o retorno de 1,5 mil políticos condenados por ficha suja à vida pública. É o que aponta levantamento inédito da agência ‘Fiquem Sabendo’. Resultado de uma mobilização popular que contou com assinaturas de mais de um milhão de cidadãos para obter aprovação no Congresso Nacional, a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010) completou 10 anos no dia 04 de junho. Parece que foi ontem…
De acordo com a norma, que foi sancionada pelo, então, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, tornaram-se inelegíveis, por oito anos, os políticos condenados em processos com trânsito em julgado ou decisão por órgão colegiado. Como a Lei da Ficha Limpa foi aplicada, pela primeira vez, em 2012, muitos dos que tiveram inelegibilidade determinada à época deixam de ser enquadrados como ficha suja para fins de registro de candidatura em 2020 e podem estar aptos a concorrer no próximo pleito outra vez. Pois é… Assim diz a lei. Fazer o que?
Usurpadores imorais
Sem desmerecer o apelo social do programa e, respeitados os direitos dos que são, justamente, merecedores, o tal Auxílio Emergencial, criado para socorrer pessoasem situação crítica, por causa da covid-19 (coronavírus), está coberto de malandragens. As mais diferentes. As denúncias pipocam de ponta a ponta neste País. Elas dão conta de gente que nunca precisou, não precisa e, dificilmente, vai precisar de ajuda do Governo, gente rica, gente que tem grana, que vive bem, que come do bom e do melhor, gente que frequenta as chamadas colunas sociais, de repente, é flagrada entre osbeneficiários do programa.
E, esses elementos, ainda, têm a cara de pau para dizer que não sabiam disso, que nunca pediram e, que vão devolver. Dentre esses indivíduos (homens e mulheres) têm, até, esposas de prefeitos; presidiários; policiais; jogadores de futebol; servidores públicos, empresários e, por aí vai. Ao que consta, a grande crise no Brasil não é financeira. É moral! Vergonhoso o que se descobre todos os dias. Um dinheiro tirado do cofre público, do imposto que o cidadão de bem paga diária e constantemente, é canalizado para um grupo de maus cidadãos que não têm o mínimo pudor de levar para casa um valor que não lhes pertence. E, como é, por demais, conhecido no Brasil, parece que vai ficar tudo por isso mesmo.
Chumbo grosso
Nos cinco primeiros meses deste ano as vendas de munições de todos os calibres, no Brasil, subiram exatos 98 por cento. Isto, em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando-se com 2018, foi um aumento de 90 por cento. É muita bala. Para se ter uma ideia, em maio, foram vendidos um milhão 541 mil e 780 cartuchos. Uma média de dois mil cartuchos por hora. Ressalte-se que são, apenas, as vendas feitas no comércio, para pessoas físicas. Não se contabilizam, aí, as balas vendidas para policiais militares, bombeiros, agentes da Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança Institucional. Fruto da flexibilização para a compra, a posse e o porte de armas em vigor.
Contrato confuso
A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás rompeu um contrato com a empresa ETS sob a alegação de que tal contrato era oriundo do governo anterior e porque dentre os sócios da referida empresa, está um filho do empresário de jogos Carlinhos Cachoeira. O contrato (já cumprido) previa a desocupação de um imóvel pertencente ao Estado, na área do Distrito Agro Industrial e que seria trocado por uma edificação pertencente à ETS, às margens da BR 060, também, anexa ao DAIA, onde seria instalada a Terceira Regional de Polícia Civil (o que foi consumado no final do ano passado). No local desocupado, seria edificado um shopping. Agora, com o rompimento unilateral do contrato, fica a pergunta: A Terceira Regional da Polícia Civil vai ter de deixar o prédio para onde se transferiu no ano passado, uma vez que, por conta do distrato, o prédio não pertence, mais, à CODEGO? Haja confusão… E, lembrar que toda essa lambança custou a cabeça do, então, Presidente da Companhia. É a velha história: “Tudo mal começado, fica mal acabado” (sabedoria popular).
Direto ao ponto
Do que se sabe, é a primeira vez que um secretário de segurança pública é acusado (e afastado da função) por denúncia de corrupção. É o que ocorreu com Rodney Miranda, que foi buscado no Espírito Santo, para comandar a segurança em Goiás. Ele disse que vai esclarecer tudo e provar que é inocente. Então, que prove…
Ouvem-se rumores de que uma chapa que já estava montada para disputar a Prefeitura de Anápolis vai sofrer mudança profunda. A conferir, pois, em tempos de fake news, fica difícil acreditar em muita coisa. O amigo de hoje pode ser o inimigo de amanhã. E, vice-versa. É melhor, portanto, acreditar desacreditando.
A semana que passou foi marcada por muita gente reclamando da falta de água potável, principalmente nos bairros mais altos de Anápolis. E, olhem que ainda estamos na primeira quinzena de junho. A torcida é para que sejam problemas pontuais, de fácil resolução para que a população não entre em pânico.
A voz das ruas
O covarde assassinato de um afrodescendente nos Estados Unidos, há alguns dias, mobilizou o mundo todo e foram inúmeras as manifestações antirracistas observadas, inclusive no Brasil. Milhares de tupiniquins saíram às ruas e emendaram suas vozes às de outros povos, clamando por justiça. O curioso é que, por aqui, diária e constantemente, pessoas são, também, assassinadas covardemente no meio da rua e não se vê tanta comoção assim. Será que, até, as mortes americanas valem mais do que as brasileiras? Um assunto a pensar…
Virou moda?
Mais uma vez, na semana passada, o fato se repetiu: policiais de sentinela flagraram o arremesso de um pacote com drogas e telefones celulares, por cima do mudo da Cadeia Pública (Centro de Inserção Social “Monsenhor Luiz Ilc”), no Jardim das Américas III Etapa. A pronta ação dos vigias impediu a entrada dos produtos irregulares no presídio. Mas, quem garante que em outras ocasiões esta ação dos comparsas dos detentos não tenha sido feita com sucesso? Alguma providência precisa ser tomada para que esta dúvida não paire. Há quem defenda a instalação de câmeras de videomonitoramento nas ruas adjacentes ao Presídio para inibir a ação dos “arremessadores de celulares”.
Imaginação
Será que, passada a pandemia do covid-19, as coisas vão ser como antes? Os bares cheios; as classes escolares cheias; os estádios cheios; as igrejas cheias, as praças, a piscinas, enfim os ambientes de aglomeração que existem desde sempre, terão a mesma confiabilidade, ou vai demorar mais tempo para que a população volte a frequentar os ambientes coletivos? Tem-se como certo que, em todo o mundo, muitos conceitos serão revistos e a ordenação urbana passará por completa transformação. Mas, isto, só o tempo dirá.