Água de graça
Sonho de consumo de grande da população, a gratuidade no serviço de distribuição de água potável é real em algumas localidades no Brasil. Por exemplo, desde que a cidade foi fundada, em 1961, os moradores de Itapororoca, na Paraíba, não pagam o valor da taxa correspondente ao uso de água. Dentre os poucos municípios da Paraíba cujo sistema de distribuição de água é gratuito, Itapororoca é a única tem uma nascente que funciona como reservatório próprio. Durante as secas mais severas ela, jamais, secou. Porém, o manancial foi pensado, inicialmente, para atender às necessidades de mil famílias. Hoje, Itapororoca ultrapassa o total de cinco mil residências, só na área urbana, e, não tem mais capacidade hídrica de satisfazer a todos os moradores. Segundo a prefeitura, a água que abastece a cidade é atualmente considerada insatisfatória, mas, não imprópria.
O que ocorre na região é uma anomalia hidrogeológica pela grande absorção de água existente naquela área. É desse potencial hídrico que se capta a maior parte da água que abastece a cidade e beneficia a mais de 10 mil pessoas. Também, abastece as piscinas do balneário da nascença, que existe na região, e serve para a irrigação de pequenas lavouras no entorno da nascente, diz o estudo. O abastecimento em Itapororoca é feito pela força da gravidade, sem necessitar de motores ou bombas.
O sobrenatural e o jabuti
Durante a sessão ordinária da segunda-feira, 20, na Câmara Municipal, foram registrados diversos calorosos pronunciamentos, com os ânimos se exaltando em algumas situações. Um dos focos foi a insatisfação de alguns pares, dentre eles, Lucimar Silva, Dominguinhos do Cedro (PV) e, até o Presidente Leandro Ribeiro (PP) e outros, com o vereador Policial Federal Suender (PRTB). Houve réplicas e tréplicas.
Foi quando o vereador João Feitosa (PP) conhecido por seu temperamento mais explosivo, pediu a palavra e chamou todos à conciliação. Feitosa evocou, até, o sobrenatural, ao desejar que o “poder divino” se instalasse no recinto e que a situação voltasse ao controle da serenidade. Pelo sim, pelo não, a sessão prosseguiu sem maiores alterações.
Na mesma sessão, o vereador João da Luz (União Brasil), ao criticar o projeto de alcance nacional, que permite a inclusão da casa de moradia (mesmo que seja única) como bem penhorável em cobranças judiciais, disse que o projeto é aparentemente bom, mas que, tem um ‘jabuti” inserido. O parlamentar, na ocasião, não explicou o que seria este “jabuti” e, a bem da verdade, nem lhe foi perguntado. Ficou a dúvida, então…
Vendas para os americanos
Os “gringos” voltaram com tudo na parceria comercial com o Brasil. Depois de uma recuperação histórica de sua economia (caiu 3,4 por cento em 2020, mas, cresceu 5,7 por cento em 2021), os americanos estão com muitos dólares para comprarem, principalmente, alimentos e minérios, dos brasileiros. De janeiro a abril de 2022, a Secretaria de Comércio Exterior, órgão do Ministério da Economia, registrou um aumento de 32,2% das vendas de produtos brasileiros para os Estados Unidos. O país foi o segundo mercado a registrar maior volume de vendas brasileiras nos primeiros meses do ano, ficando atrás, apenas, da Argentina, que teve crescimento de 47,8% nas compras do mercado nacional. Mas, ainda, há um longo caminho pela frente. Embora os EUA sejam o 2º principal destino das exportações do Brasil (11% do total), o Brasil detém apenas 1,1% do mercado americano, posicionando-se como 18º principal fornecedor.
Chamada geral
Quem viver, verá. Não há como fugir da realidade. Em dez anos, segundo pesquisas especializadas, trabalhador que não tiver conhecimento tecnológico vai estar fora do mercado. Até antes disso. Um estudo recente do LinkedIn mapeou as oportunidades que mais cresceram no Brasil nos últimos cinco anos. Nele, foi apontado que a área de tecnologia teve o maior destaque e deve expandir, ainda mais, em 2022. O relatório apontou que cerca de 15 das 25 vagas mais demandadas na rede são do setor de tecnologia. Mesmo com o mercado aquecido, o Brasil, ainda, sofre com a falta de profissionais qualificados. Segundo dados da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, existem 50 mil vagas abertas no setor, e a expectativa é de que até 2024 esse número chegue a 400 mil. E, ainda, tem gente a pensar se faz, ou não, um curso tecnológico. Vai saber.
Crise? Aonde?
Os preços de ingressos para jogos do Campeonato Brasileiro Série A variam de 20 a 500 reais, dependendo do jogo, e dos times disputantes. Um ingresso para os shows dos famosos cantores sertanejos varia de 20 a 1.400 reais, também, a depender do artista e do local escolhido para se assistir ao espetáculo. Mesmo assim, os chamados “clássicos” do futebol superlotam os estádios. Da mesma forma, as “arenas” onde são realizados os shows sertanejos se entopem de gente. Para este ano, muitos desses shows programados estão com as vendas esgotada. E, o que dizer do Rock In Rio, então? Os fãs não se importam de gastar o que têm e o que não têm para verem seus astros. São bilhões de reais torrados em poucas horas de espetáculo. E, claro, não é só gente rica e abastada que vai a esses eventos. Muitos das classes média; média/alta; média/baixa e baixa, também, se misturam às multidões. Mesmo que se endividem e se coloquem em dificuldades. Ficam as perguntas: E a crise econômica? E o desemprego? E os compromissos?
Direto ao ponto
Um silêncio inquietante começou a ser observado desde que se anunciou a cessão (por comodato) do Centro de Convenções de Anápolis para o domínio da Prefeitura. O que se espera é que não seja alguma interferência partida de setores do Governo Estadual, conforme teria sido especulado recentemente. Seria uma decepção para os anapolinos.
A história se repete. Começaram a pipocar ações esporádicas de candidatos a cargos eletivos oriundos de outras regiões em Anápolis. Gente que nunca pisou por aqui, de repente, tem seu nome ligado a competições esportivas (campeonatos de futebol, principalmente) como forma de fazer o proselitismo para angariar a simpatia dos eleitores.
O ramo de comércio de combustíveis não deve ser tão ruim assim. Basta dar umas voltas pela Cidade e ver a quantidade de novos postos de abastecimento que foram instalados e um grande número em instalação. Em que pese as fortes críticas sobre os preços dos combustíveis que não param de subir e a incerteza que ronda a economia nacional.
Despropósito
Dia desses, uma grande emissora de TV publicou reportagem sobre casas de recuperação e abrigos mantidos por entidades religiosas (evangélicas e católicas) pelo Brasil afora. A matéria sugeria que tais estabelecimentos constrangem os internos, discrimina-os e submete-os a vexames por ela (a emissora) considerados inaceitáveis. Falou-se de torturas, de homofobia e outros sofrimentos.
Há de se perguntar: Se, por acaso, esses estabelecimentos forem fechados, ou, interditados, quem se responsabilizará pelo cuidado com seus internos? O Governo? As famílias? A própria emissora que mostrou a reportagem? Nem dá para imaginar milhares e milhares de pacientes drogativos, alcoólatras e com outros vícios, a circularem, livremente, pelas ruas das cidades brasileiras. Ah, a emissora não ouviu nenhuma das “vítimas”.