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Boa Prosa – Edição 962

de Nilton Pereira
19 de julho de 2024
em Boa Prosa, Colunas
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Espertalhões de plantão

O Governo Federal está preocupado com o aumento dos gastos com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), oriundo da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) pago a idosos e pessoas com deficiência e de baixa renda. O benefício subiu 37% em dois anos. Este aumento começou o Governo Bolsonaro e continuou no Governo Lula, que, recentemente, anunciou um pente-fino contra fraudes. E, não seria por menos. Em junho de 2022, o programa custou seis bilhões e 200 milhões de reais, em valores atualizados pela inflação. Já em junho passado (2024) saltou para oito bilhões e meio de reais, uma alta de 37 por cento. No final deste ano, o custo  do BPC deve passar de 100 bilhões de reais pela primeira vez na história do programa em vigor desde os anos 90. Daqui a quatro anos, este custo pode se aproximar de 160 bilhões de reais, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, enviada pelo Executivo para o Congresso.

Interessante observar que, mesmo que se explique este aumento, principalmente devido ao crescimento no número de beneficiários, acende a luz amarela de advertência de que alguma coisa esteja errada. Daí, o anúncio do “pente fino”, ou seja, uma revisão geral no cadastro dos beneficiários. Em junho de 2022 eles eram quatro milhões e 700 mil. Dois anos depois, chegou a cinco milhões e 900 mil, uma surpreendente alta de 26 por cento. Acima dos benefícios do programa Bolsa Família, que é bem mais abrangente e que subiu 15 por cento no mesmo período. A matemática não quer bater e sinaliza que muita gente que não tem direito, receberia a tal ajuda.

A preocupação se justifica por diversos motivos, dentre eles, a historicidade nacional que revela, há décadas, a ação maléfica de pessoas e/ou de grupos que se valem de espertezas para a aplicação de golpes e mais golpes contra a sociedade. São incontáveis os relatos em que esse tipo de procedimento inaceitável fez governos, empresas, instituições de vítimas. Quem não se recorda das centenas (talvez milhares) de pessoas que receberam, sem merecer, a ajuda intitulada “Auxílio Emergencial” na recente pandemia da covid-19? E as aposentadorias falsificadas? E, os golpe contra aposentados? E os atestados médicos falsificados para não comparecer ao trabalho? A lista é imensa. O Governo Federal faz bem em cruzar os dados para ver se tem gente se valendo  de astúcias para levar vantagem indevida.

E, para não ir muito longe, basta lembrar o episódio recente no Rio Grande do Sul, quando milhares de pessoa se habilitaram para receberem ajudas, como se houvessem sido vítimas das enchentes e inundações, quando, na verdade, não o eram. Dos cerca de 300 mil pedidos para a obtenção da ajuda de cinco mil reais para a reconstrução de casas, estima-se que, (pasmem) a metade tenha indícios de fraudes. Apareceram pedidos, até, em nome de pessoas que já faleceram há anos. É bom lembrar que o dinheiro dessas ajudas sai do tesouro público, ou seja, dinheiro dos impostos que o povo paga.

Teoria da conspiração

Em meio  ao grande volume de notícias e informações sobre o atentado contra o candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump,  surgem curiosas interpretações que povoam a imaginação popular. Se a bala que atingiu sua orelha foi “de raspão”, onde estaria a tal bala que ninguém achou e nem se preocupou em procurá-la? Se foi “de raspão” e havia um monte de pessoas perto do Trump, por que ninguém mais  foi atingido pela tal bala? Se o acusado de disparar o tiro estava dominado por várias pessoas e desarmado, como foi que ele morreu? Por fim, qual seria a causa de que todo autor de atentado (político ou não) nos Estados Unidos se mata, ou morre em “troca de tiros” com a polícia americana sem antes ser interrogado, ou, investigado?

Encolhimento nacional

Recente relatório da ONU mostra que a população brasileira crescerá pelos próximos 20 anos. O pico populacional é estimado para 2042, quando o País deverá ter 219 milhões e 280 mil habitantes. Depois disso, começará uma trajetória de queda. Em 2100, a projeção é de que o Brasil tenha 163 milhões e 300  mil habitantes. Desse total projetado, os idosos representarão 1/3 da população. Nas próximas três décadas, a estimativa é de que o índice chegue a 18%. No ano passado, um estudo com base no Censo IBGE 2022 revelou que o percentual de pessoas com 65 anos ou mais no País já é de 10,9% da população. O censo já havia mostrado que a população brasileira tem diminuído seu ritmo de crescimento. A taxa média entre 2010 e 2022 ficou em 0,52%, pela primeira vez abaixo de 1% ao ano. Foi o menor crescimento populacional registrado ao longo da série histórica, iniciada em 1872.

Império do crime

Uma corajosa série de reportagens da TV Globo, esta semana, relatou a força do crime organizado no Rio de Janeiro. Não bastasse a ousadia do narcotráfico em suas diferentes ramificações, o sistema criminoso denominado “Milícia” abocanha outra grande fatia do capital fluminense. As reportagens mostraram a submissão das comunidades ao “chefões” das milícias que arbitram tudo, cobram pedágios, submetem pessoas e/ou instituições a todos os seus desejos e caprichos. A TV mostrou que as milícias comandam o comércio de gás de cozinha, o transporte alternativo, o comércio varejista, a “proteção” aos comerciantes  grandes, médios e pequenos, dominam o sistema de TV a cabo, internet e tudo mais. Nada chega às comunidades (antigas favelas) e aos bairros mais distantes  sem, antes, passar pelo crivo dos milicianos que cobram uma porcentagem sobre todos os ganhos. E, isso não é de agora. Faz tempo.

A três meses das eleições, a publicação das pesquisas de intenção de voto (em todas as cidades, inclusive em Anápolis) é pura perda de tempo e desperdício de dinheiro. Aliás, nem candidatos oficiais existem e nem as campanhas começaram. O eleitor fala por falar.  E tem gente que leva isto tudo muito a sério. A história mostra que não é bem assim.

Por mais que se divulgue, a insana prática do uso de linhas cortantes (cerol, linha chilena e similares) continua como se nada tivesse acontecido. Esta semana, mais dois registros de pessoas feridas (um em Goiânia e outro em Formosa) gravemente por tais objetos.  A Televisão mostrou que esses produtos são vendidos abertamente pelas redes sociais.

Detentores de mandatos políticos que ficaram três anos e meio sem apresentar um bom índice de produtividade, começam a entrar em desespero, com o temor de não se reelegerem. O tempo é implacável com todos. Como a velha frase de que se colhe o que se planta, quem achou que os mandatos fosse eternos, se enganou completamente.

Nova Área Azul

O novo sistema para o controle de estacionamentos em Anápolis (Área Azul) em implantação, vai ser totalmente operacionalizado via internet, através de aplicativo. Mas, haverá a alternativa para motoristas em trânsito pela Cidade e para quem tem dificuldades na manuseio dos aparelhos de telefonia celular. Agentes de trânsito, devidamente credenciados, ficarão dispostos nas ruas para o atendimento e o auxílio a essas pessoas. A primeira etapa do projeto deve ser ativada, ainda, este ano.

Remédio de graça

Muita gente desconhece o projeto Farmácia Popular, que distribui cerca de 40 medicamentos para diferentes patologias como diabetes, asma, hipertensão e osteoporose, além de anticoncepcional e absorventes. E, também, medicamentos com custo reduzido para rinite, Mal de Parkinson, glaucoma, incontinência (fraldas geriátricas), diabetes associadas à doença cardiovascular e dislipidemia (gordura no sangue). Para obter os medicamentos, o paciente deve comparecer a uma farmácia credenciada e apresentar documento oficial com foto e número do CPF. Também é necessário apresentar a receita médica dentro do prazo de validade, tanto do SUS, quanto de serviços particulares.

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