O fanatismo e a paixão, quase sempre, foram procedimentos irracionais. Preferir time de futebol, partido político, ou, atividade religiosa, com certeza, é direito de qualquer um. Inalienável.
Gosto é gosto, e, pronto. Mas, quando estas preferências desandam para o lado do radicalismo injustificável, por certo, não se trata de coisa normal.
Nos últimos tempos tem sido assim no Brasil A intolerância religiosa aflora assustadoramente e quase tudo é balizado pelo credo das pessoas.
Se for de tal religião, é gente boa. Se for de outra, não presta. Pais têm se levantado contra filhos; esposos contra esposas, amigos contra amigos; vizinhos contra vizinhos, tudo por conta de cada um ter um “deus particular”.
No futebol tem sido a mesma coisa. A motivação pelo esporte, pelas disputas, pela irreverência das torcidas, virou guerra declarada. Pessoas vão para os estádios dispostos a tudo. Tudo mesmo. Lá essas pessoas, armadas, matam e morrem. De forma injustificada, diga-se de passagem.
E, mais recentemente, a paixão e o fanatismo político no Brasil passaram a ser fatores muito preocupantes. A discussão de ideias, projetos e planos, cedeu lugar à ira, à cólera, à intolerância.
Amigos deixaram de ser amigos por causa de preferências por este, ou, por aquele político. Lideranças comunitárias e religiosas, ao contrário de darem bons exemplos a serem seguidos, entram nessa guerra sem motivo aparente.
Deixaram suas atividades fins para se engalfinharem, principalmente, nas redes sociais, para tentarem impor suas preferências políticas. Isto, definitivamente, não vai acabar bem. A irracionalidade de alguns, com certeza, vai se transformar em neurose coletiva, com resultados inimagináveis.