Na última sexta (27), o presidente Jair Bolsonaro aconselhou apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, a comprarem um fuzil,. Além disso, chamou de “idiota” quem defende a compra de um pacote de feijão no lugar da arma, em uma declaração que repercutiu negativamente nas redes sociais.
“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”,
afirmou.
Ainda na conversa com seus apoiadores, Bolsonaro disse não querer inflação alta, mas que isso não depende de seu governo. De acordo com o chefe do Executivo, o controle dos preços é missão do Banco Central, que tem instrumentos para desacelerar o aumento.
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“Não teve aumento de nada no meu governo”, declarou, embora os números da inflação mostram que alimentos, energia elétrica, combustíveis e outros itens tiveram os preços acelerados nos últimos meses. Apesar de reconhecer o alto custo de vida nacional, Bolsonaro voltou a dizer que “a economia deu uma balançada, mas estamos consertando”.
Rebateu as críticas

Já no sábado, dia 28, Jair Bolsonaro retrucou as críticas recebidas após defender a preferência por um fuzil, ao invés de um saco de feijão, com sua conta oficial do Facebook.
“Um fuzil garante a sua liberdade para você trabalhar e se alimentar. Sem ela, você poderá depender das migalhas do estado” escreveu o presidente.
Um outro comentário, crítico ao presidente, também recebeu a atenção do chefe do Executivo. A postagem questionava: “Quem deixa de comer feijão e passa a comer fuzil, caga o que?”. Bolsonaro respondeu: “Aquilo que você escreveu. No mais, fique em casa que a economia a gente vê depois. Dessa forma, quem vai plantar feijão para você comer?”. Ele fazia referência a imagem do internauta, que contava com a inscrição “Fique em Casa”.