Em 15 de março, completaram-se 40 anos desde o fim da ditadura militar no Brasil, marcando o retorno a um governo civil após 21 anos de regime militar. Esse marco histórico foi selado com a posse do vice-presidente José Sarney, devido a circunstâncias inesperadas que envolveram a troca de comando. Tancredo Neves, o presidente eleito indiretamente, morreu antes de assumir seu mandato.
O contexto político era incerto, pois a Constituição de então não previa claramente quem deveria assumir a presidência caso o presidente eleito fosse impedido de tomar posse. A liderança do Congresso, numa análise por analogia, decidiu que Sarney deveria ser empossado, decisão esta que foi tomada rapidamente, logo após Tancredo ser internado na véspera da posse. Essa decisão ocorreu na madrugada do que ficou conhecida como a “noite mais longa da República”.
Antes de Sarney ser empossado, a tentativa do ministro do Exército, Walter Pires, de impedir sua posse, trouxe tensões adicionais à transição. No entanto, o impedimento falhou, e o Brasil enfrentou os desafios inerentes à nova fase, incluindo a inflação e a gestão de planos econômicos problemáticos. Essa mudança de regime foi marcada por um retorno gradual à normalidade política.
A democracia foi gradualmente restaurada, com destaque para o movimento “Diretas Já”, que simbolizou a reconquista do direito dos cidadãos de eleger diretamente seus representantes. Este avanço foi crucial mesmo que permanecessem muitos desafios a serem superados para a plena estabilização democrática do país. Novos estados e municípios surgiram, refletindo a evolução política e administrativa.
O Brasil, ao longo dessas quatro décadas, tornou-se uma das maiores economias globais, com uma expansão significativa em diversas áreas econômicas. Mesmo com a destituição de dois presidentes, o regime democrático continuou resiliente. O país se destacou na produção agrícola e mineral, liderando na produção de soja, carne, e milho, e afirmando-se como uma força em várias frentes econômicas e culturais.
Comparado a outras nações, o Brasil ainda é um país jovem, com um vasto potencial de desenvolvimento. Apesar dos obstáculos econômicos e institucionais, os fundamentos econômicos e a riqueza de recursos naturais formam uma base sólida para um futuro promissor.
O fortalecimento da democracia parece uma meta distante, mas inevitável. O progresso socioeconômico, aliado à contínua evolução política, contribuirá para que o Brasil ofereça às futuras gerações um ambiente ainda mais próspero e democrático, reforçando sua posição no cenário internacional.
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