Jabuti teve o casco natural destruído em um incêndio em uma área de Cerrado. O animal perdeu 85% da carapaça e, posteriormente, ficou sem os 15% restantes
Uma equipe brasileira de especialistas composta por médicos veterinários, cirurgiões dentistas e um designer responsável por reconstruir e implantar um casco 3D em uma jabota (fêmea de jabuti) entrou para o Guinness World Records de 2022.
Para a reconstrução do casco foi empregada a técnica conhecida como fotogrametria, também bastante utilizada por arqueólogos e adaptada para reconstruir crânios, cenas de crimes e até para construções arquitetônicas.
O jabuti teve o casco destruído em um incêndio em uma área de Cerrado, região de Brasília. O animal perdeu 85% da carapaça e, posteriormente, ficou sem os 15% restantes. No processo de recuperação o jabuti sofreu duas crises de pneumonia e ainda ficou 45 dias sem comer.
Segundo Cícero Morais, designer responsável, dois dos momentos mais difíceis e complexos em todo esse processo foram a medição da prótese, em quatro partes, e, em seguida, a impressão em 3D. “Na medição, a gente nunca tinha feito isso e não podíamos errar”, recorda o designer.
Ainda segundo Moraes, a prova concreta de que “tudo tinha dado certo” foi quando a jabota voltou da anestesia. “O primeiro movimento foi de se esconder no casco”, disse.