O Ministério do Esporte publicou uma nota de repúdio ao ato de violência sofrido pelo atleta, após o final do jogo entre o Grêmio Esportivo Anápolis e a equipe do Centro-Oeste, pela Divisão de Acesso do campeonato Goiano de Futebol.
“É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada”,
destacou a nota.
O ministério pontuou, ainda, que este tipo de conduta “vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte”.
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A pasta se solidarizou com o jogador e reiterou confiança nas autoridades competentes “em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos”.
“É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol”, frisou a nota.
“Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas, reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso”, finalizou o texto ministerial.
Entrevista
O goleiro Ramón Souza concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (11), na Central de Flagrantes, onde ele prestou esclarecimentos acerca do incidente ocorrido na noite da última quarta-feira, 10, no Estádio Jonas Duarte.
Ramón levou um tiro de bala de borracha, disparado por um policial militar da CPE. O fato ocorreu pouco depois do final do jogo em que o GEA foi derrotado por 2 a 1 pela equipe do Centro-Oeste.
Houve uma confusão entre os jogadores e em determinado momento, o policial, a poucos metros do jogador, efetuou o disparo.
O tiro com bala de borracha atingiu a perna do atleta, que foi atendido inicialmente em uma UTI Móvel pelo médico do clube, Diego Bento.
Na entrevista, o goleiro contou que estava tentando apaziguar os ânimos quando ficou de frente ao policial. Este pediu que ele se afastasse e atirou a uma curta distância.
Inclusive, vídeos foram gravados e exibidos na internet, registrado o momento do disparo.
“Estou abalado”, ressaltou o atleta do GEA, afirmando que sentiu muita dor na hora. Ele ainda chegou a pedir ao policial para que ele abaixasse a arma, mas não adiantou.
O grêmio Anápolis emitiu uma “Nota de Repúdio”, classificando de “lamentável, ridículo, revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte”.
“Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam”, continua a nota.
Ainda, destaca que “o dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido”.
Ao final, o clube afirma que tomará as providências cabíveis em relação ao caso.
Outro lado
A Polícia Militar já informou, por meio de nota, que será aberto um Inquérito Policial Militar, no âmbito da Corregedoria, para a devida apuração dos fatos. A corporação afiança que não compactua com nenhum desvio de conduta dos seus membros.
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