Em dezembro de 2023, uma sentença de 1º grau proibiu Gayer de liderar ou promover reuniões dentro de empresas com o objetivo de aliciar, persuadir, convencer, induzir ou instigar o voto de trabalhadores para qualquer candidato, sob pena de multa de R$ 10 mil por trabalhador prejudicado. Além disso, o parlamentar foi condenado a pagar R$ 80 mil pelos danos causados aos trabalhadores (indenização por dano moral coletivo). Contudo, o MPT-GO recorreu da sentença e conseguiu aumentar o valor da condenação para R$ 100 mil.
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Entenda o caso
Apesar de uma recomendação expedida pelo MPT em 14 de outubro de 2022, que solicitava a Gayer que não constrangesse ou orientasse empregados, terceirizados, estagiários ou aprendizes a votar ou deixar de votar em determinado candidato, o deputado, no dia 20 de outubro de 2022, esteve em uma das maiores panificadoras de Goiânia e, mais uma vez, aliciou trabalhadores para votarem em certo candidato no segundo turno das eleições presidenciais.
“Vídeos nas redes sociais do parlamentar e denúncias que chegaram ao MPT provaram isso claramente. E por ele não ter comparecido a duas audiências, ajuizamos uma ação”, relembra Janilda Lima, procuradora do Trabalho à frente do caso.
Conforme explica a procuradora, esse tipo de conduta é considerada assédio moral eleitoral porque há um desnível econômico entre empregador e empregado. “Por causa da dependência econômica e da necessidade de sobrevivência, o trabalhador não pode se opor ao constrangimento, pois poderá ser perseguido ou até demitido. Além do mais, a Constituição Federal determina que o ambiente de trabalho deve ser livre de pressões relacionadas à orientação política, religiosa ou sexual”, frisa. (Com informações da assessoria do MPT 18ª Região)
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