Mesmo com alguns importantes avanços obtidos nos últimos anos, a maioria das cidades brasileiras, ainda, está longe de contar com um sistema, pelo menos, aceitável, quanto à destinação correta dos resíduos sólidos (lixo urbano) que produzem diariamente. Dados oficiais apontam que cada brasileiro gera, em média, por dia, um quilo de material inservível que, em sua quase totalidade, vai parar em locais inadequados, principalmente nos chamados “lixões a céu aberto” em pequenas, médias e grandes cidades. Anápolis não foge a esta regra e, embora conte com um razoável sistema de varrição de ruas, coleta e encaminhamento do material retirado das lixeiras, das ruas e de outros locais, não é difícil deparar-se com dezenas de depósitos clandestinos de lixo urbano, principalmente nas saídas da Cidade.
Estamos, ligeiramente, acima da média nacional, porque Anápolis é uma das poucas cidades brasileiras a contar com um aterro sanitário certificado pelas autoridades ambientais. Mas, mesmo este Aterro Sanitário é finito, tende a se exaurir e, a velocidade em que isto ocorrerá, vai depender do comportamento da comunidade. Ou aprendemos a lidar com os resíduos sólidos, ou, em pouco tempo teremos nosso Aterro esgotado em sua capacidade. O que por sinal, não é bom para ninguém. Não podemos voltar ao tempo dos lixões nas erosões existentes nas periferias da Cidade.
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É pacífico saber que a coleta desse material enfrenta muitos problemas no Brasil. O primeiro motivo para isso acontecer é o incorreto descarte dele feito pela população, que em muitas das vezes, ao invés de embalar o lixo que produz e colocar na rua nos horários determinados pelas prefeituras, acaba por descartá-lo em caçambas, não embalar corretamente e jogar nas ruas, junto com entulho, abandonar em terrenos baldios e, também, jogar às margens de córregos e outros cursos d’água. O segundo motivo está na destinação dada a este material.
A coleta de lixo urbano, embora não funcione perfeitamente, se encarrega de recolher milhões de toneladas diárias. Só que, em 50,8% dos municípios brasileiros, o destino dado a este entulho, ainda, é inadequado. Vai, quase tudo, para os lixões; 27,7% dos municípios acabam destinando seu lixo para aterros sanitários e apenas 22,5% o deposita em aterros controlados. Caso de Anápolis. Uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente aponta que, apenas, as regiões Sul e Sudeste possuem trabalho forte quando o assunto é coleta seletiva. Ainda assim, não são todos os municípios que adotam esse comportamento. No Sul, 46% deles já a fazem. No Sudeste, apenas 32,4%. As demais regiões estão muito abaixo disso.
A campanha eleitoral começa daqui a alguns dias e o Brasil inteiro espera que os candidatos a Presidente da República; a governador; a senador; a deputado estadual, a deputado distrital e a deputado federal, coloquem, em suas metas, seus planos de governo e suas propostas, uma atenção maior à causa ambiental. Ou investimos, desde já, em ambientalismo, ou continuaremos a construir um país de futuro imprevisível, à qualidade de vida do povo. Fica a dica…