Entre os séculos XVII e XIX, muitas pessoas usavam preservativos feitos de intestinos ou bexigas de animais, geralmente de ovelha ou cabra. Esses preservativos eram caros, vinham com instruções de cuidado e não eram descartáveis. Bastava lavar e guardar para reutilizar. O termo “garantia de 5 anos” surgiu justamente pela durabilidade do material, ainda que não fosse um selo oficial de fábrica.
O primeiro relato documentado de um preservativo remonta a 1564, quando o anatomista italiano Gabriele Falloppio descreveu uma bainha de linho com fita usada para prevenir a sífilis. Posteriormente, durante a Guerra Civil Inglesa, entre 1642 e 1647, preservativos de intestino de animal foram encontrados em escavações no Castelo de Dudley.
Origem do nome “preservativo”
Existem várias teorias sobre a origem do nome “condom”. Por exemplo, uma delas aponta para a cidade de Condom, na França, onde fazendeiros já utilizavam ovelhas para a fabricação. Além disso, outra versão sugere que o termo veio de “Dr. Condom”, médico do rei Carlos II da Inglaterra, que teria recomendado o uso de bainhas de intestino para evitar filhos ilegítimos.
Popularização e tabus sociais
No século XVIII, o uso se tornou mais comum, entretanto, ainda permanecia restrito à elite devido ao alto custo. Naquela época, eram usados termos como “francesas”, “armaduras” e “máquinas” para se referir aos preservativos. Inclusive, o famoso Giacomo Casanova relatava que costumava inflá-los para testar se não havia furos.
Revolução da borracha
A grande virada aconteceu em meados do século XIX, quando Charles Goodyear aperfeiçoou a vulcanização da borracha em 1844. Consequentemente, isso permitiu que os preservativos se tornassem mais flexíveis, duráveis e acessíveis, graças à produção em massa.
Além disso, na década de 1920 surgiu o preservativo de látex, mais fino, forte e econômico. Isso ocorreu porque o processo de imersão em moldes circulares foi desenvolvido em 1912 por Julius Fromm, o que acelerou e barateou a produção, tornando o produto amplamente disponível no mercado.
Do passado ao presente
A ideia de uma “bainha protetora” acompanha a humanidade há séculos. Apesar disso, apesar das mudanças nos materiais, o objetivo permaneceu o mesmo: prevenir doenças sexualmente transmissíveis e evitar gravidezes indesejadas.
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