O Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Estado de Goiás (CONCEG) apoia e é parceiro de entidades, prefeituras, do Ministério Público, da Equatorial Goiás e de empresas que atuam na área de telefonia, internet, TV a cabo, entre outras, para encaminhar soluções ao problema dos fios e cabos soltos, em desuso e emaranhados nos postes da rede elétrica.
O presidente do Conselho, João Victor Araújo, assim como os demais conselheiros, tem acompanhado essa questão de perto, sobretudo, em Anápolis e em Goiânia, onde estão avançando iniciativas para evitar transtornos, prejuízos, poluição visual e, sobretudo, perda de vidas como a do garoto João Victor Gontijo Oliveira, de 10 anos de idade, ocorrida no dia 19 de setembro último, em Anápolis, quando ele estava na rua e teve contato com um cabo que estava solto e energizado.
Na última reunião do CONCEG, ocorrida no final de setembro, o assunto foi pautado e o presidente João Victor Araújo, com a chancela dos conselheiros, decidiu colocar a entidade à disposição naquilo que lhe for possível, para ser parceiro e reforçar as ações que visam solucionar o problema dos fios e cabos soltos.
Em Anápolis, o prefeito Márcio Corrêa realizou um encontro com os “atores” envolvidos no problema, ou seja, a distribuidora de energia no estado; o Ministério Público; as empresas de telecomunicações e, também, a Câmara de Vereadores, para definir um plano de caráter emergencial e em 180 dias, resolver os problemas mais sérios, onde a fiação solta apresenta mais situações de risco.
Também ficou estabelecido um grupo de trabalho que vai se reunir mensalmente para avaliar o que foi feito e estabelecer novas diretrizes. Na oportunidade, foi lançado o programa Anápolis Rede Segura.
O representante da Equatorial Goiás informou, na reunião, que foram realizadas fiscalizações em mais de 5 mil postes na cidade, sendo encontradas mais de 20 mil irregularidades diversas. As empresas responsáveis foram notificadas.
Capital
Em Goiânia, o prefeito Sandro Mabel também vem enfrentando com determinação a situação. Nesta sexta-feira (10/10), ele coordenou um encontro com o MPGO, a Equatorial Goiás e empresas de telecomunicações da capital, para o lançamento do programa Cidade Segura.
O programa é justamente para combater o problema de fios e cabos soltos e desordenados nos postes de energia.
Segundo Mabel, Goiânia conta com cerca de 75 mil linhas que não estão em funcionamento e que ainda não foram retiradas dos postes. Dentro do novo plano de ação, a prioridade será a celeridade dos trabalhos. Toda a ação será coordenada pela Prefeitura e, nesta fase inicial, a prioridade será dada aos setores que apresentam situações mais complexas. Ao mesmo tempo, será desencadeado um trabalho para acabar combater empresas que atuam de forma clandestina.
Apoio
“Os prefeitos Sandro Mabel e Márcio Corrêa e os demais em Goiás que enfrentam esse problema em suas cidades, podem contar com o apoio do CONCEG”, ressalta o presidente João Victor Araújo.
Ainda, segundo ele, é preciso cobrar uma legislação federal que regule de forma mais efetiva o compartilhamento de postes de energia, inclusive, contendo dispositivos que impliquem em penalidades mais rígidas para punir as irregularidades, sem prejuízo de outras penalizações previstas na legislação para os casos como o que ocorreu em Anápolis, que se encontra em investigação pela Polícia Civil.
Com informações do CONCEG
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