O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sicma), Álvaro Otávio Dantas Maia, avalia que o setor passa por um momento de crescimento, com demandas tanto para as construções de médio e grande porte (condomínios verticais- edifícios), como para as habitações populares e as destinadas à classe média com incentivos de programas do Governo Federal, realizados em parceria com o município.
Segundo informações repassadas pela Caixa Econômica Federal, na região de Anápolis, até 31 de dezembro último, foram feitos 3.509 financiamentos, totalizando um valor de R$ 157 milhões. Deste total, R$ 68 milhões foram do Programa Minha Casa Minha Vida/FGTS, R$ 46 milhões do FGTS e R$ 43 milhões do SBPE. O volume de financiamentos em 2009, de acordo com a Caixa, foi 57% maior do que o apurado em 2008, quando foram contratados R$100 milhões. Em 2009, foram apresentadas 15 propostas de financiamento pelo Programa Minha Casa Minha Vida em toda a região que abrange a Superintendência Norte de Goiás e seis foram contratadas, correspondendo a 1703 unidades habitacionais. Destas, cinco propostas foram contratadas em Anápolis, o que corresponde a 1.503 unidades habitacionais.
“São números expressivos”, ressaltou Álvaro Maia, acrescentando que o bom momento do setor é uma oportunidade para superar desafios, dentre eles, o aprimoramento da mão-de-obra. Neste sentido, informou, o Senai de Anápolis já está realizando estudos para viabilizar um curso de formação em nível técnico para atender a construção civil, com o apoio do Sicma. Além disso, o Sicma e o Senai estão buscando também viabilizar cursos direcionados para servente, pedreiro, pintor, dentre outros segmentos da cadeia produtiva. “Essa parceria é uma demonstração de que o Senai está preocupado em dar uma resposta ao nosso setor, o que é muito louvável”, sublinhou o presidente.
Apesar do crescimento do setor, durante o ano de 2009, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), houve uma retração de -14,58% no número de empregos formais mantidos no setor, no município. Esse dado, inclusive, reforça a necessidade da qualificação, considerando que as empresas estão se modernizado, exigindo maior preparo dos profissionais em todos os níveis das obras. “A qualificação da mão-de-obra é um ganho para os próprios trabalhadores, para as empresas e para a sociedade”, pontuou Álvaro Maia.
