A Cruzada Pela Dignidade completou dois anos de fundação. O movimento foi criado pelo juiz da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Anápolis, Carlos Limongi Sterse, com o objetivo de unir a sociedade civil organizada contra a violência, atuando num dos principais focos do problema: a desestruturação familiar. No último dia 14, a Câmara Municipal promoveu uma sessão especial para homenagear e reconhecer o trabalho desenvolvido pela Cruzada, hoje transformada em uma Organização Não-Governamental, que já arregimentou em torno de 300 voluntários.
Apesar do número expressivo de colaboradores, o juiz Carlos Sterse – presidente de honra da ONG – ressalta que é necessária uma participação ainda maior. Ele lembrou que a idéia surgiu há 12 anos, quando atuava na Comarca de Orizona, Goiás. “Nós identificamos ali muitos jovens enfrentando problemas com o alcoolismo, desagregação familiar e violência doméstica. Então, chamamos a comunidade à responsabilidade e o trabalho rendeu frutos”, disse, acrescentando que em Anápolis encontrou problemas semelhantes, mas de forma potencializada. “Lançamos, então, a semente da Cruzada pela Dignidade e, hoje, estamos começando a colher os frutos. A Cruzada é uma resposta da sociedade à necessidade de se promover o bem”, assegurou.
O presidente da ONG, professor João Francisco Mendes, destacou que o trabalho hoje é dividido em 12 comissões. Segundo ele, toda atividade é voluntária e o objetivo maior é dar amparo às famílias que têm problemas relacionados a drogas, alcoolismo e violência doméstica. Ou que sejam vulneráveis a uma dessas ocorrências. A principal arma da Cruzada é a conscientização da população, por meio de palestras e participação em eventos públicos.
Atualmente, uma das maiores preocupações da ONG é com o crack. A droga, um subproduto da cocaína, se alastra rapidamente por ser barata. Muitos usuários se tornam traficantes, para conseguir mais dinheiro para sustentar o vício, o que faz com que haja vários focos espalhados pela cidade, dificultando o trabalho da polícia em acabar com os pontos de venda. O crack também preocupa pelo fato de penetrar entre crianças. Daí, a importância de reforçar o trabalho de conscientização nas escolas. “A necessidade da Cruzada é de um exército para que as famílias sejam auxiliadas. Nós temos de garantir que as nossas crianças e os nossos jovens recebam uma educação cristã, séria e que valorize também os seus anseios”, completou o vice-presidente da Cruzada, pastor Leordino Lopes.
Durante a sessão especial, foi exibido um vídeo institucional, mostrando boa parte da trajetória da Cruzada Pela Dignidade, cujo trabalho já foi reconhecido internacionalmente pela UPF (sigla em inglês da Federação Universal da Paz).
(Matéria publicada na edição 244 do Jornal CONTEXTO.)
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