A sessão ordinária desta terça-feira (09/9), na Câmara Municipal de Anápolis, teve como destaque o debate entre o funcionamento, ou a interrupção do atendimento do Centro Pop.
Isso se deu a partir de uma declaração do prefeito Márcio Corrêa, que sinalizou o fechamento da unidade, que foi criada para dar atendimento a pessoas em situação de rua.
A vereadora Capitã Elizete puxou a discussão, defendendo que esse assunto deve ser tratado de uma forma mais ampla, envolvendo diversos “atores” como a Prefeitura, a própria Câmara Municipal, o Ministério Público, as forças de segurança.
O vereador Jakson Charles também se pronunciou, concordando com a possível decisão do prefeito de fazer o fechamento do Centro Pop, para criar ali um centro de atendimento de psiquiatria e psicologia.
Outra abordagem foi feita pelo vereador Fred Caixeta, com relação ao esforço que a Polícia Militar faz na parte de garantia de segurança da população.
Ocorre que, são recorrentes situações em que algumas dessas pessoas em situação de rua se envolvem em crimes como, por exemplo, uso e tráfego de drogas.
Para o vereador Domingos Paula, no entanto, o prefeito Márcio Corrêa, antes de fechar a unidade, deveria criar um local para assegurar a assistência às pessoas em situação de rua, pois, conforme disse, muitas delas não são pessoas que cometem crimes ou ameaçam a segurança da população.
O vereador Frederico Godoy, que é do setor imobiliário, disse que foi morador nas proximidades da região do Centro Pop e lá, conforme relatou, também se verifica uma desvalorização dos imóveis.
O vereador e líder do prefeito, Jean Carlos, por sua vez, ressaltou que a questão não é mudar o Centro Pop de lugar, mas ter uma política que seja verdadeiramente eficiente para acolher essas pessoas em situação de rua.
Segundo ele, a maior evidência que o modelo atual não está funcionando é que tem aumentado a população em situação de rua no município.
O vereador Wederson Lopes pontuou que existe uma lei nacional que garante a liberdade das pessoas de permanecerem nas ruas e o estado cuidar delas. Na sua avaliação, essa legislação precisa ser modificada.
Leia também: Conecta Mulher 2025 celebra empreendedorismo feminino em Anápolis