Um deslizamento de terra quase derrubou um pequeno conjunto de moradias localizado nos fundos do Brasil Park Shopping, na tarde do último dia 25. Imediatamente, equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil foram acionadas para irem ao local. Felizmente, ninguém ficou ferido. Foi mais um susto para os moradores da região.
O engenheiro da Prefeitura Municipal, Fábio Maurício Corrêa, também esteve no local avaliando os estragos no canal, inclusive, comprometendo um pedaço da rua que circunda o shopping e que foi interditada ao tráfego de veículos. Segundo ele, o imóvel atingido era um conjunto de repúblicas e, conforme constatou, a construção estava localizada muito próxima ao ribeirão “João Cesário” que corta o local. Era possível observar que o terreno estava bastante encharcado pelo acúmulo da água no solo. Segundo o engenheiro, as construções irregulares estão trazendo muita preocupação à Administração Municipal.
O comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros e 3º Regional Estadual de Defesa Civil – REDEC, Major Mateus, confirma a preocupação. Segundo ele, hoje, há no Município, 19 áreas passíveis de erosão e de alagamento. Todos estes pontos, disse, estão sendo monitorados e, nos casos em que o risco à integridade dos moradores for iminente, haverá a imediata retirada da família do local.
“Hoje estamos fazendo um trabalho integrado, envolvendo iniciativas do próprio Corpo de Bombeiros, da Prefeitura Municipal através dos órgãos competentes e também o Ministério Público”, enfatizou o comandante, explicando que só recentemente é que foi estrutura a Defesa Civil, que será coordenada pelo tenente Gutterman.
Ainda de acordo com o Major Mateus, nos pontos monitorados, os moradores estão sendo orientados dos riscos. Ele salienta um ponto fundamental que são os projetos habitacionais desenvolvidos na cidade, em parceria entre os governos Municipal e Federal, especialmente aqueles destinados a famílias que habitam em zonas de risco (próximo de erosões e de ribeirões)
No último levantamento realizado sobre as áreas de risco, divulgado pelo CONTEXTO no final de 2009, a Defesa Civil identificou 20 bairros com áreas em situação de risco. Dentre eles, um bairro nobre, o Anápolis City, onde 82 famílias viviam numa região com risco de alagamento – em virtude de as casas serem construídas às margens do Córrego “Água Fria”. Há ainda a Vila São Joaquim, onde 73 famílias habitam uma área mista: que possui erosões; risco de alagamento por enxurradas, e pelo transbordamento do Córrego das Antas. Já a Vila “Santa Maria de Nazaré” tem pontos em que existe risco de alagamento pela proximidade com os dois ribeirões. E no bairro São Carlos, o perigo são as voçorocas (grandes erosões) que ameaçam 35 famílias. São, no total, 44 ruas com áreas de risco. Isto abrange 404 famílias, ou seja, 1206 pessoas – entre estas pessoas estão 917 adultos e 289 crianças.
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