Para quem está acostumado, ao longo de décadas, ver uma Anápolis pujante, movimentada, transpirando progresso e desenvolvimento, nada mais desanimador e desalentador do que percorrer as ruas, do cento e dos bairros, e, observar (quase) tudo fechado. Lojas, empresas, oficinas, bares e assemelhados, tudo com as portas fechadas. Muitas delas, provavelmente, não voltarão a abrir e, se abrirem, será com outros donos, sob nova direção. Os atuais, muitos deles, por certo, não têm mais fôlego financeiro para bancarem o chamado lockdown, ou, simplesmente, fechamento total das atividades econômicas.
Nunca, em tempo algum, os anapolinos viram situação semelhante. Anápolis está com aspectos de uma “cidade fantasma” quando muitos fazem suas vendas e suas compras, às escondidas, com se fossem criminosos. Se de um lado, alguém precisa vender e trabalhar, de outro, alguém precisa comprar e consumir. É a roda da vida. É o giro natural. Tudo por conta da tal covid-19 que ninguém, ninguém mesmo, sabe quando é que vai ter fim. Resta torcer para que este fechamento e este sacrifício de muitos, produzam algum resultado positivo e a população não sofra tanto como sofre atualmente, ao ver o macabro desfile de carros de funerárias seguindo em direção aos três cemitérios locais. Sem contar as abarrotadas enfermarias, as UTIs e outros setores hospitalares, onde não cabe mais ninguém.
E, não é consolo falar que, em outras cidades, vive-se a mesma coisa, se não estiver pior. Não se pode nivelar por baixo, não se pode conformar com esta situação de se presenciar, diária e constantemente, tantas baixas, tanta dor, tanto sofrimento. Até quando, meu Deus?