Onipotente, onipresente, onisciente: tudo pode, está em todos os lugares, tudo sabe. Essas três características personalíssimas de Deus traduzem sua grandeza e definem Sua participação em todos os aspectos da vida humana. Creio, sinceramente, na plenitude da ação de Deus todos os dias em tudo o que vivemos, seja aqui ou em qualquer outra parte do planeta.
Muitas vezes, ficamos perplexos quando um avião cai e morrem centenas de pessoas. Nesse momento de indignação e tristeza, somos tentados a questionar: “Onde estava Deus que não interviu?” A verdade é que Des está o tempo todo em todos os lugares, mesmo diante de uma tragedia que ceifa vidas e causa dor e sofrimento.
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Só não nos lembramos de pensar na presença de Deus durante todos os milhares de voos que decolam e pousam em segurança. Quantos veículos circulam pelas rodovias nas mias diversas direções a cada minuto? São pessoas comuns, com problemas, com dúvidas, distraídas ao telefone, doentes… Se compararmos a quantidade de acidentes e mortes com o volume de tráfego, veremos que é irrelevante, por mais frio que essa afirmação possa parecer. E quem você acha que controla tudo isso?
Precisamos aprender a ver Deus nas coisas mais simples da vida: uma criança correndo pela rua, um idoso lendo o jornal no final de tarde em sua calçada, uma mãe alimentando seu filho, a chuva que cai, o sol que aquece, o vento que refresca, a gravidez de uma mulher. Tragédias acontecem, mas isso não pode nos levar a questionar a presença do Senhor.
Quando a Bíblia diz que Deus tem o firmamento sob seu controle, tenho convicção de que não está se referindo apenas a manter os astros e estrelas fixos no céu sem atingir a terra.
Trata-se de um contexto muito maior: o controle destas pequenas grandes coisas que acontecem todos os dias estão dentro desse firmamento e domínio divinos.
A Bíblia diz que, ao subir as céus, Jesus não nos deixaria sós, não nos deixaria simplesmente à mercê de nossos inimigos. As escrituras dizem que Ele deixou seu Consolador – o Espírito Santo – e diz, ainda, que Ele, o próprio Jesus, é nosso intercessor diante do Pai. É todo esse conjunto de intervenção divina que não permite que tragedias muito maiores e muito mais avassaladoras consumam toda a humanidade.
Somos humanos e está intrínseco à nossa natureza o questionamento e a sensibilidade. Não há como nos mantermos impassíveis diante de catástrofes, sejam elas naturais, humanas ou de qualquer outra espécie. Contudo, em momento algum, podemos imputar a Deus uma ausência injustificada, como se Ele simplesmente fechasse os olhos ou virasse as costas. Podemos não entender os motivos, podemos sofrer e chorar, mas também precisamos confiar que Ele vê o todo e nós, homens e mulheres, focamos em um determinado momento, vemos apenas uma parte. Fé é a base para viver em Cristo, com certeza de que só o Senhor tem o domínio e o conhecimento do presente e do futuro!