Dados divulgados pelo IBGE apontam que a indústria goiana registrou a terceira queda consecutiva na comparação mês a mês. No mês de abril, comparado ao anterior, a queda foi de 1,5%. Contribuíram com a queda a produção de etanol e a fabricação de vestuários.
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), a produção goiana registrou queda de 1,5% em abril com relação a março de 2023.
Foi a terceira queda após as altas consecutivas de novembro de 2022 a janeiro de 2023. O mesmo fato foi observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior, queda de 1,3% perante abril de 2022.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
Com essa nova queda, o acumulado mantém-se negativo, sendo de -1,5% no ano e de -2,2% em 12 meses.
Em âmbito nacional, a produção industrial caiu 0,6% frente a março, na série com ajuste sazonal, e 2,7% na comparação com abril de 2022.
Da mesma forma que em Goiás, a indústria nacional mantém acumulados negativos no ano (-1,0%) e em 12 meses (-0,2%).
A divulgação é a quarta após as atualizações na seleção de amostra de empresas e unidades locais e na lista de produtos investigados pela pesquisa.
Além disso, houve alterações metodológicas que buscam acompanhar as mudanças econômicas da sociedade.
Também foram incluídos três novos locais entre os pesquisados: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul – por atingirem 0,5% do Valor de Transformação Industrial (VTI), de acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa.
Razões da queda
Para explicar a queda de 1,3% da produção industrial goiana de abril de 2023, investigam-se as principais atividades que compõem a indústria goiana.
Destacam-se a Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-16,8%), devido à queda na produção de álcool etílico; e a Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-76,9%), devido às quedas nas produções de camisetas, calças e camisas.
Por outro lado, houve aumento de 10,0% na Fabricação de produtos alimentícios, especialmente na produção de carnes e leite condensado.
Destaca-se também o setor de Metalurgia, que subiu 24,4% e acumula no ano variação de 24,5%.
Locais pesquisados
O recuo de 0,6% na produção industrial nacional em abril ante março foi acompanhado em dez dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.
Os resultados, divulgados hoje (13) pelo IBGE, mostram que as maiores quedas na indústria foram no Amazonas (-14,2%) e em Pernambuco (-5,5%).
Por outro lado, o Rio Grande do Sul (2,2%) teve o avanço mais elevado.
Na comparação entre abril de 2023 e abril de 2022, a indústria nacional, que recuou 2,7%, foi acompanhada por 12 dos 18 locais pesquisados.
Sobre a PIM-PF
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) gera indicadores de produção mês a mês para as indústrias extrativa e de transformação.
As informações nos permitem analisar o nível da produção ao longo do tempo para uma mesma unidade da Federação ou entre unidades da Federação, em diferentes setores de atividade.