Cacai tem contra si um mandado de prisão em aberto. Ele é um dos investigados na morte de Fábio Escobar, filho do ex-vereador José Escobar Cavalcante. Segundo informou a defesa, Carlos Toledo está no Canadá, em viagem de negócios.
A matéria não esclarece a quem, de fato, a carta foi endereçada. A veracidade teria sido confirmada pelo advogado de Cacai, Pedro Paulo de Medeiros.
Nela, o remetente começa indagando por que mensagens de reconciliação trocadas entre ele [Cacai] e Fábio, não foram divulgadas no inquérito. “Não são importantes? Estão aí no celular dele!”.
A carta relata que houve um encontro num pit dog no Feirão do Jundiaí, “onde também conversamos e afirmamos em deixar tudo para trás”.
Diz, ainda, que sempre procurou os meios legais para se manter longe de Fábio Escobar e, por conta disso, inclusive, procurou autoridades policiais e que fez isso dentro da lei.
Proteção policial
O relato aponta que os problemas entre ele, Cacai, e Fábio, começaram quando este último pediu um cargo de superintendente no governo estadual, alegando ter participado da campanha.. Não sendo possível atender o pedido, “ele se tornou inimigo e começou a fazer ameaças, vídeos, acusações”.
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Na carta, atribuída a Cacai, ele diz que passado algum tempo recebeu mensagem de Fábio, o qual dizia que estava agindo assim devido por estar tomando remédios controlados.
Novo encontro
Relata que após o encontro no pit dog, teria havido um outro no Shopping Flamboyant, em Goiânia, “onde nos cumprimentamos cordialmente e de maneira totalmente pacífica, acho que foi a última vez que encontramos. Não existia mais nenhuma animosidade entre nós. Estávamos em paz!”
Continua relatando que muito tempo depois aconteceu a morte de Fábio.
Também diz, sobre o fato de aparecer em fotos com investigados, que participava de eventos, onde tirava fotos com pessoas. “Sou suspeito por fotos públicas? Mas onde está alguma atuação minha com esses supostos executores do crime? Um diálogo, uma ligação, um encontro, algum vínculo? Onde?”, indaga Cacai.
Indagações
“E as outras direções e contendas da época da morte do Fábio, não estão olhando? As brigas que ele estava envolvido na época, inclusive no dia de sua morte não fazem parte da investigação? Estão olhando para o lado certo? Tanto tempo depois, tantos acontecimentos depois, tentarem vincular a mim algo que a muito já estava superado entre nós!”, continua o autor da suposta carta.
Diz ainda que lamenta tudo que passou e está passando a família de Fábio Escolar e que ele, Cacai, tem uma família que está sofrendo com tudo que está ocorrendo, inclusive, com sua mãe acamada.”
Eu nunca estive envolvido em nenhum crime, não sou bandido, tenho família, empresa onde estou todos os dias trabalhando, endereço fixo, todos me conhecem, sabem da minha rotina e de repente estou servindo para desviar a atenção dos verdadeiros culpados?”, destaca o autor da carta.
Outro crime
E faz outro questionamento: “É ainda importante lembrar que existe outro crime com envolvimento de alguns mesmos acusados de executar esse, me falaram até que haviam juntado os casos no mesmo inquérito e que de repente não se fala mais nisso?”
Na suposta carta, Cacai afirma que teme pela própria vida, “porque assim ficaria mais fácil encerrar o caso” e volta a dizer que não há nenhuma materialidade sobre a sua participação com seu envolvimento no crime.
Diz que a política só serviu para “destruir minha vida”.
“Eu quero e vou contribuir no que estiver ao meu alcance e confio na justiça e principalmente em Deus!”, diz Cacai na suposta carta.