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Empresário anapolino anuncia possível expansão para Paraguai e critica cenário industrial brasileiro

de Vander Lúcio Barbosa
27 de junho de 2025
em Anápolis
Reading Time: 3 mins read
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Moacir Melo. Foto: Orlando Baiano

Moacir Melo. Foto: Orlando Baiano

Empresário Moacir Lázaro Melo, fundador do Grupo Plumatex, aponta impostos, burocracia e desindustrialização como principais entraves para o Brasil.

Por Vander Lúcio Barbosa

O empresário Moacir Lázaro Melo, fundador do Grupo Plumatex, uma das maiores fabricantes de colchões do Brasil, revelou para um seleto grupo de rotarianos em Anápolis que o Conselho Diretor de sua empresa está fortemente inclinado a abrir uma unidade fabril no Paraguai. Com 40 anos de mercado, o Grupo Plumatex mantém atualmente sua matriz em Anápolis e unidades fabris em cinco estados brasileiros.

“Essa decisão não é apenas uma estratégia de expansão, mas também uma necessidade diante das dificuldades enfrentadas pela indústria nacional”, afirmou o empresário, que já foi Governador do Distrito 4530 do Rotary Internacional, abrangendo Goiás, Tocantins e Distrito Federal.

Motivos econômicos

De acordo com Moacir, a principal razão para considerar o Paraguai está atrelada à diferença significativa no tratamento tributário entre os dois países. Ele destaca que, enquanto o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) paraguaio é fixado em 10%, o Brasil impõe uma carga tributária de 27% a 28% para os empresários que seguem rigorosamente as normas fiscais.

“As condições econômicas simplesmente não nos permitem competir. No Brasil, não há estímulo ao crescimento de indústrias. Além disso, enfrentamos uma legislação trabalhista retrógrada e um sistema tributário sufocante. Aqui é proibido ganhar dinheiro”, reclama Moacir.

O empresário também criticou a falta de profissionais capacitados em decorrência do ensino médio não profissionalizante e o declínio técnico-industrial brasileiro: “Viramos um país onde todo mundo quer ter um diploma universitário, mas não formamos técnicos necessários para as nossas indústrias. Isso reflete diretamente na produtividade e competitividade das empresas.”

Burocracia e tributação

Outra preocupação apontada por Moacir são os altos encargos trabalhistas, que pesam sobre os empresários do setor industrial brasileiro. Ele explica que, hoje, para cada real pago ao trabalhador, a empresa arca, em média, com 2,2 reais em decorrência de impostos e obrigações adicionais. Este cenário torna inviável o pagamento de salários mais altos e desestimula o crescimento das empresas.

“Aqui, a burocracia segue matando a indústria nacional enquanto nossos governantes inertes continuam ampliando custos e inchando a máquina pública”, desabafou.

Corrida empresarial

A desindustrialização brasileira tem levado empresas a buscarem refúgio em países vizinhos. O empresário destacou que mais de 190 grandes indústrias brasileiras já se instalaram no Paraguai, atraídas por condições fiscais mais favoráveis e mão de obra com custo competitivo.

“Hoje mesmo, (26/06/2025), uma grande empresa anapolina abriu as portas no Paraguai. É triste observar essa crescente migração das nossas indústrias”, lamentou Moacir, ressaltando que empresas do polo farmacêutico de Anápolis também avaliam a instalação de fábricas em outros destinos como Manaus, devido aos incentivos fiscais locais.

Crítica governamental

Moacir não poupou críticas à falta de ações concretas por parte do governo para conter a desindustrialização. Ele acredita que os governantes estão cada vez mais empenhados em aumentar tributos para sustentar uma máquina pública ineficiente, ao invés de criar estímulos reais à produção.

“Nosso país está afundando numa onda de benefícios populistas enquanto as empresas, que geram emprego e renda, lutam para sobreviver. E o povo, feliz e omisso, não entende que empresário não é idiota. As empresas mudam de local com muita facilidade.”

O empresário encerrou sua declaração com um tom de tristeza e desabafo: “Registro aqui minha indignação com esse cenário. É hora de refletirmos sobre o futuro econômico do Brasil e entendermos que, sem indústria forte, continuaremos cada vez mais irrelevantes nos cenários global e regional.”

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