Dono da fábrica de fraldas Baby Mania faleceu depois de seis meses de internação
Muitas foram as homenagens nas redes sociais. Ficou evidente que Melquíades Mescua Filho era querido e admirado na sociedade anapolina. Aos 59 nove anos, depois de permanecer internado por seis meses no Hospital de Urgências de Anápolis, “Guidon”, como também era conhecido, faleceu. Ele havia disparado um tiro contra a própria cabeça em agosto do ano passado, depois de enfrentar problemas financeiros em sua empresa, a fábrica de fraldas descartáveis Baby Mania, que fica no DAIA.
“Mas, não é assim que ele merece ser lembrado”, disse o empresário Claudimar Batista, que também é dono de uma indústria no distrito. Segundo ele, Melquíades era um homem de família, que se sentia responsável por todos, muito companheiro, humilde e trabalhador. “Foi meu vizinho na Jaiara, onde tinha uma padaria. Começou lá o seu negócio de fraldas, que cresceu vertiginosamente até se tornar uma potência no estado. Anápolis perde um ser humano extraordinário”, testemunhou ele.
Os amigos Idelvan Silvestre e Darlan Siqueira, membros do Rotary Clube DAIA, assim como ele, o descreveram como uma pessoa bem humorada, com vestimentas distintas, estilo “cowboy de Dallas”, que, somadas à sua personalidade acolhedora o transformavam num ser humano ímpar, digno de muita admiração e respeito, sempre aberto a receber os amigos em sua casa, na companhia das filhas e da mulher Maria Helena.
Edson Tavares, figura pública próxima ao empresário, o classificou como caridoso e um guerreiro, que “peitou” multinacionais com seu empreendimento e que apresentava uma autoestima muito elevada, além de um enorme senso de responsabilidade. “Talvez, por isso, não deixou transparecer que estava deprimido, sentimento certamente agravado pela crise econômica causada pela pandemia, em que vários negócios fecharam e ainda vêm fechando as portas. Tenho certeza que muitos de nós gostaríamos de poder ter feito algo para evitar esse desfecho trágico”, disse Edson em tom de pesar.
O empresário Wesley Muller e o advogado André Ignácio também lamentaram a perda do amigo. Ambos o descreveram como uma pessoa preocupada com o próximo e empenhada em praticar o bem. “Antes da crise, Melquíades planejava expandir a produção de cotonetes e lenços umedecidos, chegando a montar uma estrutura em São Paulo, cujo planejamento e execução tive o privilégio de acompanhar”, declarou Wesley. “Realmente uma perda muito trágica. Peço a Deus que a família consiga conforto para dar sequência ao legado deixado por esse grande ser humano”, concluiu André.