Anápolis é o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás (com 292.665 aptos ao voto, segundo o Tribunal Superior Eleitoral- TSE). No entanto, o limite de gasto para a campanha de Prefeito (a) é menor do que de 13 outros municípios, alguns com um eleitorado muito menor.
Isso ocorre em razão de que um dos critérios para se definir esse limite são os valores de gastos na campanha majoritária de 2016, obviamente, com as atualizações pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Mas, vamos aos números, para um entendimento melhor. Esse ano, o limite de gasto para a eleição de Prefeito (a) em Anápolis é de R$ 859.449,32.
Em que pese ser o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás, o município possui um teto que é inferior ao de 11 municípios com eleitorados bem menores. Além de ficar atrás dos dois maiores colégios eleitorais do estado: Goiânia e Aparecida de Goiânia.
A capital teve o limite definido em R$ 8.408.489,11. Já Aparecida de Goiânia, em R$ 7.084.614,63. Teoricamente, Anápolis entraria na sequência. Contudo, não é bem assim.
À frente de Anápolis, ainda estão: Ipameri, Porangatu, Planaltina, Cidade Ocidental, Catalão, São Luiz de Montes Belos, Águas Lindas de Goiás, Trindade, Itumbiara, Cristalina e Jataí.
O município de Jataí, por exemplo, 73.569 eleitores. Lá, o limite de gasto para a campanha majoritária será de R$ 3.528.281,41. Anápolis, tem nesse caso quase quatro vezes mais o número de eleitores que Jataí. Em contrapartida, o limite de gastos de Anápolis é quatro vezes menor que o de Jataí.
Essa discrepância tem uma explicação. Como já dito, um dos parâmetros foi o limite de gasto estabelecido lá atrás, em 2016. Porém, na eleição de 2016 tomou-se como base a eleição anterior, de 2012.
Naquela época, então, deu-se um fato que desencadeou toda a história. É que, naquele pleito, o então candidato Antônio Gomide (PT) vinha já de uma gestão bem avaliada e disputou a reeleição num quadro como franco favorito. Tanto, que ele obteve 88,93% dos votos. O segundo colocado foi José de Lima (PDT), que obteve 3,62% dos votos.
Aquela campanha, dentro dessa conjuntura, foi realizada de forma mais modesta em relação aos gastos, justamente, por esse cenário. E isso, desde então, vem influenciando o limite de gastos na campanha majoritária no município.
Assim, se está na regra, é para ser seguido. E, caso haja segundo turno, o limite desce mais, será de R$ 343.779,73.
Nas demais cidades onde é possível haver segundo turno (municípios com mais de 200 mil eleitores), a situação dos limites é a seguinte: Aparecida de Goiânia, R$ 2.833.845,85 e Goiânia, R$ 3.363.395,65.
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Pode-se, então, dizer que Anápolis terá uma campanha mais “pobre” em relação a várias outras cidades. Assim, candidatos e seus marketeiros terão de caprichar na criatividade para conquistar os votos dos anapolinos
Vereador e contratações
E, vale ressaltar, também está definido no regramento das eleições municipais desse ano, o limite de gasto para campanha de Vereador (a). No caso de Anápolis, o valor estabelecido é de R$ 156.561,88. Esse valor, portanto, é o que cada candidato poderá gastar.
Além disso, o TSE estabelece também nas normas do pleito municipal de 2024, o limite de contratações por candidatos a Prefeito (a) e Vereador (a).
No caso de Anápolis, o limite de contratações para Prefeito (a) é de 563 e o de Vereador (a) de 282.
Limites de gastos de campanha para Prefeito (a) em algumas cidades de Goiás:
Goiânia- R$ 8.408.489,11
Aparecida de Goiânia- R$ 7.084.614,63
Jataí- R$ 3.528.281,41
Cristalina- R$ 2.911.682,17
Itumbiara- R$ 2.567.490,73
Trindade- R$ 2.558.417,31
Águas Lindas de Goiás- R$ 2.033.730,04
São Luiz de Montes Belos- R$ 1.780.776,58
Catalão- R$ 1.770.464,20
Cidade Ocidental- R$ 1.162.015,76
Planaltina- R$ 1.020.405,17
Porangatu- R$ 958.401,80
Ipameri- R$ 878.857,55
Anápolis- R$ 859.449,32