Nas décadas de 50 e 60, Anápolis contava com intensa produção artística teatral, com exibições semanais no auditório da antiga Rádio Carajá, na Praça Bom Jesus. Houve, ainda, um período próspero da arte cênica desenvolvido junto a escolas públicas, ao SESC e produções independentes. Vários grupos teatrais consistentes surgiram e proporcionaram bons espetáculos na cidade. Na década de 80, durante o governo de Anapolino de Faria, nasceram a Escola Municipal de Teatro e a Escola Municipal de Dança, estabelecimentos oficiais, mantidos pelo poder público municipal. Antes, a Prefeitura oferecia aos jovens anapolinos formação apenas em música e artes. Até que, em 1989, por iniciativa da então atriz e professora de teatro, Francisca Irene, foi fundada a Escola.
Durante os anos 90 a instituição teve intensa movimentação. Foram montadas e encenadas peças como: “Morte e Vida Severina”, “O Castelo Morumi” (peça infantil), “O boi e o Burro a Caminho de Belém” (peça natalina) e “Santana das Antas Vai ao Teatro”. Fundou-se a Companhia Anapolina de Teatro – CAT e foram realizadas 17 mostras teatrais. Mas, desde o início dos anos 2000 são oferecidas, apenas, oficinas.
Atualidade
Atualmente, tem sido pensada uma nova metodologia de ensino, em que a principal preocupação seja formar cidadãos. Segundo a atriz, produtora, professora de Artes Cênicas e diretora da Escola de Teatro de Anápolis, Ana Queiroz, no fim do ano de 2008, eram, apenas, 38 alunos matriculados nas diversas oficinas. Agora, com as aulas tendo iniciado há menos de dois meses, já são 78. A Escola quer se tornar técnica e, para tanto, conta com a ajuda da Secretaria de Educação Ciência e Tecnologia. “Essa pareceria se desenvolve, também, na divulgação, dentro das escolas municipais, dos cursos oferecidos pela instituição”, disse. “Estamos retomando a mostra de teatro e esperamos conseguir fazer um resgate do movimento artístico anapolino”.
A Escola de Teatro de Anápolis recebe alunos a partir dos nove anos de idade, para quem oferece o curso de iniciação às Artes Cênicas. Estão sendo ministrados, também, o curso básico para jovens, curso técnico profissionalizante em Artes Cênicas, curso técnico avançado (para experientes), oficinas e outros. Com duração de seis períodos, ou seja, três anos. Além disso, serão oferecidos cursos livres com artistas e técnicos de renome nacional. O primeiro deles, terá como tema “Etiqueta e Autoconhecimento” e a palestrante será Carla Gomes. As matrículas podem ser feitas na sede da instituição, que fica na Avenida Brasil, nº. 200, Praça do Ancião, no primeiro andar do Centro Administrativo. A taxa semestral é de R$ 55.
Artista
Ieda Queiroz não gosta de ser chamada de atriz, apesar de ter atuado nos palcos por 13 anos. Ela é, segundo sua própria descrição, “uma apaixonada pelo teatro”. “Atrizes têm de ter muita bagagem, tem que ter formação, sou amadora”, define.
A artista começou por acaso, com 15 anos – acompanhava uma amiga durante um teste, e foi convidada para participar. Quando se casou e teve filhos, Ieda acabou se afastando um pouco do movimento artístico, mas agora está “voltando à ativa”. Segundo ela, o teatro mudou sua forma de pensar e ver o mundo. “Aprendi a me comportar e a conversar melhor”.
Hoje trabalhando na Escola de Teatro, ela se sente em casa. E conta, com grande saudosismo, histórias da época em que subia aos palcos. “O teatro para mim é completo, principalmente, no sentido social. É possível aprender até mesmo um pouco de etiqueta”, brinca.
CASA DO ARTESANATO
“Point” dos artistas anapolinos
O mês de abril está recheado de eventos na Casa do Artesanato. É um projeto constante que funciona na diretoria de Cultura. Todos os meses é uma programação especial que envolve cursos e oficinas. O espaço é destinado aos artesãos de Anápolis e região para que comercializem seus produtos.
Para o mês de abril a diretoria estará oferecendo cursos, oficinas e exposições de trabalhos como artesanato, culinária e teatro. O público pode participar da programação todos os dias. O artesanato tem sido uma importante fonte de renda para o orçamento de muitas famílias.
Dia 07- Curso de Geléia de Frutas
Horário: 14 às 18 horas
Local: Convento São Damião – Vila São Joaquim
Dia 08 – Oficina Peso de Porta
Horário: 14 às 18 horas
De 13 a 16 – Oficina: crochê de grampo
Horário Integral
Local: Casa do Artesanato
Dias 14 a 21 -Exposição de máscaras
Local: Fulô do Cerrado
Rua Luiz França nº 21 Bairro Jundiaí
Dia 14 – Oficina de Decoupage
Local: Movimento Social Projeto Brasil – Bairro de Lourdes
Dia 15 – Oficina de Caixa de Presente
Local: Oásis Santo Antônio
Dias 15 e 16 – Brinquedoteca com garrafas Peti
Local: Escola Municipal Ernest Heeger
Dia 17 – Oficina de Toalha de Rosto – Bordada com Sianinha e Pedraria
Horário: 14 às 18 horas
Local: Casa do Artesanato
Dia 17 – Oficina de Papel de seda
Local: Casarão das Artes – Rua dos Carreiros nº199 Bairro Jundiaí
Dia 18 – Espetáculo Cia Bokemboka – Teatro bonecos fuxico
Horário: 17 horas
Local: Fulô do Cerrado
De 22 a 10/05
Exposição Novos Veranos
Local: Fulô do Cerrado
Dia 23 – Oficina de Bonecos de Chita
Horário: 14 às 18 horas
Local: Casa do Artesanato
Dia 24 – Estudo de Cores – OST – Teoria e Prática
Horário: 14 às 17 horas