Uma das frases mais fascinantes do livro é a seguinte: “A medicina não pode quase nada contra um coração muito triste. Aprendi que para a gente sarar é preciso ter vontade de viver. Doutor, será que não existe pílula de esperança?” (ed. Tistu, pg. 93)
Leia também: “O Aprendiz” estreia nos cinemas brasileiros retratando a ascensão de Donald Trump
O psicólogo B. F. Skinner afirmou que “o homem não faz nada sem uma expectativa, um estímulo que encoraje ou desencoraje seu comportamento”. Ele ainda emendou: “o mundo está chegando a uma condição única em que, pela primeira vez na história, está de fato morrendo e não estamos fazendo nada para salvá-lo. A espécie humana caminha para a extinção”.
Na verdade, os grandes fatores da vida são: ter algo que fazer, algo para amar e algo para esperar. A esperança é uma força poderosa que permeia a vida humana desde os tempos mais remotos. É a âncora que nos mantém firmes em momentos de tempestade, o combustível que impulsiona nossos sonhos e a luz que guia nossos passos em direção a um futuro mais promissor.
A esperança nos impulsiona a sair da inércia e a buscar nossos objetivos. Quando acreditamos em um futuro melhor, somos mais propensos a trabalhar duro e a superar obstáculos. A esperança também nos dá a capacidade de sermos resilientes diante das adversidades e gera bem-estar emocional.
Pessoas esperançosas tendem a ser mais felizes, saudáveis e menos propensas a desenvolver problemas como depressão e ansiedade. Quando acreditamos em um futuro melhor, sentimos que nossa existência tem valor e importância.
Alguns dias atrás estava ouvindo um debate sobre violência. Um dos debatedores fez uma afirmação que me chamou a atenção. Ele disse que tirar o emprego, o celular e o dinheiro não seria um problema, mas tirar a esperança e a beleza, sim!
O Filme Círculo de Fogo (2001) narra a história de Vasily Zaitsev (Jude Law), um jovem atirador russo que se torna o ícone da propaganda russa em plena 2ª Guerra Mundial. A fama de Vasily desperta a atenção do exército nazista, que envia seu melhor atirador de elite (Ed Harris) para matá-lo. A situação dos sobreviventes era dramática: frio intenso, pouca comida e cerco nazista.
Um general consegue chegar ao grupo que ainda resiste, e, numa conversa direta pergunta: “O que vocês mais precisam neste momento?” Um soldado dá um passo para a frente e grita: “Esperança!” Talvez, o que mais precisamos não seja de mais recursos nem de condições melhores de trabalho ou conforto. Talvez, o que nos falte, verdadeiramente, é capacidade de termos esperança e de sonhar.