VERSÃO FLIP
sexta-feira, 27 de junho, 2025
  • Entrar
  • Registrar
Contexto
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados
Contexto
sexta-feira, 27 de junho, 2025
Contexto

Estiagem e desperdício podem provocar a maior crise de água no Centro-Oeste

de Nilton Pereira
19 de junho de 2021
em Goiás
Reading Time: 4 mins read
0 0
A A
0
Com a redução do nível dos reservatórios de água, a conta de energia ficou mais cara para o consumidor (Foto: Internet)

Com a redução do nível dos reservatórios de água, a conta de energia ficou mais cara para o consumidor (Foto: Internet)

Estudos apontam que a escassez tem tudo a ver com a destruição do bioma Cerrado, que tende a desaparecer em 30 anos
Nilton Pereira – Com agências

A possibilidade de faltar água doce para os reservatórios das usinas hidroelétricas e, até, para o consumo doméstico, mais uma vez, acendeu o sinal de alerta nas regiões Sudeste e Centro Oeste. E, justamente, no Centro Oeste, onde ficam as principais nascentes das maiores bacias hidrográficas do Brasil. E, tudo tem a ver com a devastação do Cerrado Brasileiro, que, segundo estatísticas, a continuar sendo destruído na velocidade ora registrada, pode desaparecer, por completo, até 2050. Portanto, daqui a menos de 30 anos.

O Governo Federal (assim como os governos estaduais) já sinaliza com a falta de energia e a consequente ativação de outras fontes geradoras, como a que utiliza óleo diesel, já que a energia nuclear, ainda, é um sonho distante no País. Da mesma forma, as energias eólica e fotovoltaica, caminham a passos muito lentos. E, com a retomada de economia, consequentemente, com o aumento no consumo de energia elétrica, teme-se que a produtividade nacional seja altamente prejudicada. A proposta de se priorizar a água para a dessedentação de animais e, para tarefas não industriais, coloca em xeque, também, o crescimento econômico nacional, depois do desastre causado pela pandemia da covid-19.

Número de casos de dengue cai quase 60% em Anápolis

E, tudo isso tem a ver com a destruição do Cerrado, pois, há décadas, a produção de água, tem sido, cada vez, menor. As represas e os grandes reservatórios, entra ano, sai ano, não conseguem voltar aos níveis anteriores. Estão, cada vez, mais vazios, numa ameaça concreta de que, se algo não for feito, imediatamente, para impedir o desperdício e iniciar-se um projeto de recuperação desses mananciais, as consequências serão imprevisíveis. Para o Centro Oeste, que vislumbra um grande crescimento econômico, será um desastre. Indústrias, lavouras que utilizam irrigação mecanizada, crescimento urbano e outros fatores naturais, não terão como desenvolver na sua plenitude.

Degradação do Cerrado

É sabido que até meados dos anos 50, o Cerrado Brasileiro estava, praticamente, intacto, notadamente no Centro-Oeste. Mas, durante a segunda metade do século 20, após a construção de Brasília, a região vivenciou um crescimento exponencial. E, nos últimos anos, a partir da década de 70, o avanço do agronegócio, a urbanização e a ocupação desordenada dos espaços, causaram um impacto ambiental de níveis alarmantes. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Cerrado perdeu 46% de sua vegetação nativa e, apenas, cerca de 20% permanecem intocados. Para piorar, sabe-se que este bioma é a área com a menor proteção ambiental no Brasil, pois, apenas, 8,21% de suas terras estão dentro de unidades de conservação. E, segundo dados oficiais, fora desses espaços, a destruição do habitat natural tem sido intensa.

A avalição de especialistas no tema aponta que, se a taxa de desmatamento continuar nesse nível, a vegetação nativa do Cerrado deverá ser completamente destruída até 2050. Isto significa que, além da perda de biodiversidade, o fim desse ecossistema resultará na extinção dos grandes mananciais de água do Brasil. As consequências já são visíveis. Em média, dez pequenos rios do Cerrado desaparecem a cada ano e deixam de alimentar outros afluentes e impactar o volume de todo o sistema.

Também, é comprovado que, enquanto ocorre esse fenômeno, registra-se um aumento rápido do consumo de água por causa da ação humana. Em 2016, com a falta de chuvas nas nascentes do São Francisco, o reservatório de Sobradinho, na Bahia, viveu a maior seca de sua história. No mesmo ano, em Goiás, o Rio Araguaia nunca esteve com um volume tão baixo e muitos afluentes secaram. E, em Minas Gerais, nada menos que 500 cursos d’água sumiram durante a estiagem que marcou o período. As pastagens de gado e a produção agrícola já desmataram grandes áreas de vegetação do Cerrado. O agronegócio é a principal ameaça. Com a introdução da monocultura em grandes extensões de áreas, como a soja, o eucalipto, a cana-de-açúcar, o algodão ou o milho, as plantas nativas foram substituídas por vegetais com raízes extremamente superficiais. Um planejamento mais sustentável da lavoura poderia amenizar esses impactos. É o que dizem várias pesquisas sobre o assunto.

Rótulos: águaCentro-OesteCerradocrise de águaestiagem

Mais Artigos

Cerca de 200 mil comprimidos emagrecedores sem procedência foram apreendidos. Foto: Divulgação/PMGO

Goiás: Laboratório clandestino fabricava remédios para emagrecer com substâncias veterinárias

de Jornal Contexto
26 de junho de 2025
0

Suspeito usava substâncias veterinárias e revendia produtos em Goiás e outros estados A Polícia Militar fechou um laboratório clandestino de...

Imagem: Divulgação

Goianápolis sedia maior feira de aviação do Centro-Oeste

de Jornal Contexto
25 de junho de 2025
0

O município de Goianápolis recebe nesta quarta e quinta-feira, 25 e 26 de junho, a Aviation XP Centro-Oeste 2025, considerada...

Imagem: Reprodução

Maior sino do mundo vai badalar pela primeira vez em Trindade nesta quinta-feira, dia 26

de Anna Rhaissa
25 de junho de 2025
0

Vox Patris será tocado durante missa especial na obra da Nova Casa do Pai, às margens da GO-060 O Vox...

Carregar Mais

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Eu aceito as Políticas de Privacidade e Uso.

As mais lidas da semana

  • Fábrica da multinacional Kingspan Isoeste em Anápolis. Foto: Reprodução

    Isoeste inaugura sua maior fábrica na América Latina no Paraguai

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Médico e empresário Paulo Augusto Sousa morre aos 74 anos 

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Somos do bem

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Brasileira é encontrada sem vida após cair durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
  • Caminhada “Eu sou da Paz” mobiliza Anápolis nesta terça-feira, 24

    0 compartilhamentos
    Compartilhar 0 Twitter 0
Contexto

Jornal Contexto de Anápolis. Todos os direitos reservados © 2019 Feito com Pyqui

Institucional

  • Quem Somos
  • Anuncie Conosco
  • Contato

Siga-nos

Seja bem-vindo(a)!

Entre em sua conta abaixo

Esqueceu sua senha? Registrar-se

Crie sua conta :)

Preencha o formulário para se registrar

*Ao se registrar em nosso site você aceita as nossas Políticas de Privacidade e Uso.
Todos os campos são obrigatórios Entrar

Recupere sua senha

Por favor insira seu Usuário ou Email para recuperar a sua senha

Entrar
  • Entrar
  • Registrar-se
  • Anápolis
  • Política
  • Economia
  • Segurança
  • Saúde
  • Educação
  • Emprego
  • Esportes
  • Entretenimento
  • Gastronomia
  • Mulher
  • Geral
  • Opinião
  • Versão Flip
  • Anuncie Conosco
  • Quem Somos
  • Contato
  • Políticas de Privacidade e Uso
Nenhum Resultado
Ver Todos os Resultados

Jornal Contexto de Anápolis. Todos os direitos reservados © 2019 Feito com Pyqui