Por meio da criatividade, empatia e tecnologia, estudantes do Cepi Dr. Mauá Cavalcante Sávio, em Anápolis, transformaram um desafio real em inovação premiada.
Os alunos Ana Gabrielly Pereira, Pedro Augusto Yoshihara e Anna Beatriz Souza desenvolveram o Sentipulso, um smartwatch pensado para auxiliar estudantes neurodivergentes no controle emocional dentro do ambiente escolar.
Para melhor entendimento, smartwatch é um relógio digital que se conecta ao smartphone e oferece diversas funções que vão muito além de mostrar as horas.
O relógio pode monitorar atividades físicas, controlar a frequência cardíaca, exibir notificações, registrar qualidade do sono, controlar músicas, além de outras funcionalidades.
Neurodivergente é quando o cérebro de uma pessoa funciona de forma muito diferentes do que pode ser considerado como “normal” pela sociedade, com características únicas no pensamento, aprendizagem, comunicação e interações.
O termo engloba, por exemplo, pessoas com condições como Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH, dislexia, entre outras, celebrando a diversidade neurológica em vez de focar em patologias.
Projeto e prêmio
O projeto nasceu do curso técnico em marketing do programa Profissionaliza Goiás, uma parceria entre a Seduc Goiás e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de Anápolis, sob a supervisão dos professores Késia Cruz e Túlio Vadeley Silva.
O Sentipulso conquistou 1º lugar na categoria Referência, área de Engenharias, na 9ª Mostra de Ciência, Inovação, Tecnologia, Empreendedorismo e Cultura (Moscitec), realizada em Porto Alegre (RS).
Além do troféu e das medalhas, os jovens receberam credenciais para participar de uma feira internacional e ficaram entre os nove projetos finalistas do Desafio Learning Sectors.
Apoio a colegas neurodivergentes
O relógio também identifica estados emocionais e, por meio de alertas visuais e vibração, ajuda na autorregulação dos estudantes.
Tudo isso com uma pegada sustentável: sucata eletrônica, placas solares reaproveitadas de calculadoras antigas e componentes acessíveis, como o Arduino Uno, foram usados na construção do protótipo.
A professora Késia Cruz relatou que o projeto ajudou os estudantes a desenvolverem ainda mais o olhar de sensibilidade em ajudar o próximo.
A estudante Ana Gabrielly expressou sua felicidade em conseguir ver o projeto se destacando nacionalmente e podendo ser colocado em prática.
“O Sentipulso nasceu do encontro entre sustentabilidade, afeto e inteligência artificial. Foi mais do que tecnologia, buscamos conectar vidas e abrir caminhos para que a escola seja um espaço sempre humano e acessível”, destacou.
Com informações da Seduc/Pesquisas Google
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