Um levantamento que acaba de ser divulgado pelo IBGE traça um panorama sobre as concentrações urbanas no Brasil. Ele foi realizado em duas etapas: a primeira, englobando os municípios com população entre 100 e 300 mil habitantes e a segunda, nos municípios com mais de 300 mil habitantes. A publicação está alinhada às necessidades dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e pode servir de ferramenta para auxiliar no planejamento de políticas públicas.
Nesta edição, o estudo faz a categorização das áreas urbanizadas como ´densas´, com pouco espaçamento entre as construções e uma ocupação urbana contínua e, ´pouco densas´, com ocupação mais espaçada, caracterizada por loteamentos em processo de construção e transição entre as paisagens rural e urbana.
O Município de Anápolis, com área de 90,92 quilômetros quadrados, tem 94,62% do total dessa área (86,03 quilômetros quadrados) densa e apenas 5,38% (4,89 quilômetros quadrados) pouco densa.
Dentre os cinco municípios goianos que aparecem no estudo, Goiânia, a capital do Estado, é o município com menor percentual de adensamento. A cidade conta com área total de 583,09 quilômetros quadrados, sendo 479,05 km2 de área densa (89,03%) e 59,04 km2 de área pouco densa (10,97%). Por outro lado, o município com maior concentração urbana é Formosa. Lá, são 28 km2 de área total (a menor área dentre as cidades goianas listadas no estudo), sendo 28,41 km2 de área densa (99,89%) e, apenas, 0,03 km2 de área pouco densa (0,11%). Rio Verde tem 43,67 km2 de área total, sendo 42,67 km2 de área densa (97,71%) e 1,00 km2 de área pouco densa (2,90%). Por fim, Catalão tem 35,67 km2 de área total, sendo 33,94km2 de área densa (95,15%) e 1,73 km2 de área pouco densa (4,85%).
O recorte municipal da pesquisa mostrou que, das dez maiores áreas urbanizadas do País, apenas Campinas (SP) não é uma capital. As demais são: São Paulo (SP); Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); Curitiba (PR); Goiânia (GO); Belo Horizonte (MG); Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Campo Grande (MS).
É importante ressaltar que uma concentração urbana pode ter só um município, como é o caso de Uberlândia (MG), mas, também, pode ser um conjunto de municípios, como é o caso do Rio de Janeiro, conforme explica Maurício Gonçalves e Silva, geógrafo do IBGE.
Segundo o estudo, 84% das concentrações urbanas do Brasil são classificadas como densas, o que é um indicativo da consolidação do processo de urbanização. ´Podemos pensar em áreas densas como aquelas com uma casa ao lado da outra, com quintal, padrão de arruamento, até áreas com prédios´, diz Maurício Gonçalves. Ainda, segundo ele, as áreas pouco densas, que completam os outros 16%, são aquelas com construções mais espaçadas e muitos terrenos vagos.
PIB de Goiás cresce 7,7% no primeiro trimestre de 2025, aponta pesquisa
O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 7,7% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período...