“O milagre é o filho predileto da fé” (J. Goethe)
Eu creio em milagres. Por que? Simplesmente porque minha fé me leva acreditar que coisas extraordinárias acontecem não por coincidência ou sorte, mas pela vontade e ações de Deus. Para ser um milagre não é necessário que tenha grande repercussão. É preciso apenas que seja algo que, em circunstancias normais, teria poucas chances de se realizar.
No cotidiano da Missão Vida, experimentamos muito do poder de Deus nas pequenas necessidades diárias. Lembro-me do inicio do trabalho de recuperação de mendigos e das muitas dificuldades que enfrentamos. Entretanto a providência divina esteve sempre suprindo-nos daquilo que necessitávamos.
Não me canso de contar a história da panela de arroz que, apesar da pouca quantidade que havia de alimento cru, que não daria para alimentar todos os internos, após o cozimento, ficou cheia e foi suficiente para refeição dos recuperando e dos obreiros. Outro milagre foi termos conseguido furar os poços artesianos, no Centro de Recuperação de Mendigos, num local onde os especialistas disseram que jamais alcançaríamos os lençóis de água.
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Poderia escrever páginas e páginas dos feitos extraordinários de Deus na Missão Vida, mas muitos poderiam permanecer céticos quanto a esses episódios vividos por mim e pela equipe de obreiros da instituição. Então, decidi por relembrar fatos noticiados por grandes veículos de comunicação que, por mais que muitos tenham tentado comprovar cientificamente a possibilidade de ocorrerem, não há outra explicação senão a ação miraculosa do Senhor.
Na década de 90, foi amplamente divulgado o episódio que envolveu um avião da British Airlines na rota entre Londres e Málaga (Espanha). Uma das janelas do para-brisas se soltou e o piloto foi sugado para fora da aeronave. O piloto não saiu voando porque o comissário o agarrou pelo cinto e o segurou até o pouso de emergência que só aconteceu 35 minutos depois. O piloto e o comissário tiveram apenas ferimentos leves.
Em 2005, uma mulher foi resgatada com vida após permanecer por dois meses sob os escombros de sua casa. Esse episódio aconteceu no Paquistão e o terremoto matou milhares de pessoas. A paquistanesa de 40 anos ficou 64 dias soterrada, sem comer e sem beber e foi encontrada por vizinhos que procuravam corpos de seus familiares. O médico responsável pelo caso afirmou em entrevista: “Foi um milagre que tenha sobrevivido”.
E ainda podemos contar a história do jovem que, em abril de 2014, viajou no trem de pouso de um avião e sobreviveu às baixíssimas temperaturas e o ar rarefeito. Ele permaneceu cinco horas nesse compartimento, sob o risco de cair da aeronave, ser esmagado pela movimentação do equipamento no pouso ou decolagem ou sofrer hipotermia ou embolia pulmonar. Nada disso aconteceu. Após uma hora do pouso, o adolescente que fugia de casa recobrou a consciência e saiu sozinho do avião.
Você acredita que tudo isso aconteceu simples e exclusivamente por sorte? Eu tenho plena convicção de que não foi sorte, mas sim o efeito miraculoso daquele que desejava que essas pessoas permanecessem vivas e pudessem ser testemunhas de Seu poder e amor por elas. Explicações científicas surgiram, mas não foram suficientes para esclarecer o inexplicável. Quando algo extraordinário acontece, deve-se à ação divina, por mais que se tente evitar essa constatação. Milagres acontecem, basta que estejamos de olhos e corações abertos para enxerga-los.