Discussões apontaram a urgência de modernizar o setor produtivo brasileiro como caminho para enfrentar desafios globais e garantir desenvolvimento sustentável.
O Brasil caiu duas posições no Índice Global de Inovação, divulgado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). Agora, ocupa o 52º lugar entre 139 economias avaliadas, ficando atrás de países como Chile, Malásia e Turquia.
O estudo aponta bons resultados em capital humano e pesquisa, mas destaca fragilidades em infraestrutura e instituições. A melhor posição do Brasil foi registrada em 2011, quando o país alcançou o 47º lugar. O recuo evidenciou a necessidade de acelerar a modernização no setor produtivo.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem promovido iniciativas para mudar o cenário. Uma delas foi a Jornada da Inovação, que reuniu técnicos, empresários e gestores em Anápolis, Goiás. O encontro, na Faculdade SENAI “Roberto Mange”, promoveu debates sobre tecnologia, sustentabilidade e competitividade industrial.
Desafios empresariais
“Inovação é essencial para a sobrevivência das empresas e o crescimento sustentável”, afirmou Márcio Guerra, superintendente do Observatório Nacional da Indústria, ao abrir os debates. Ele lembrou que países emergentes reforçam investimentos em ciência e tecnologia, deixando o Brasil em desvantagem.
Segundo Guerra, transformar potencial em resultados efetivos é o principal desafio do setor produtivo brasileiro. “Empresas que investem em pesquisa aumentam a produtividade e conquistam novos mercados”, completou o especialista.
Avanços necessários
Rolando Vargas, gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI, destacou a importância de engajar o ecossistema produtivo e conectar indústria, academia e instituições de apoio. Ele mencionou programas como os financiamentos do BNDES e da Finep, que incluem linhas de crédito atrativas, muitas vezes desconhecidas pelos empresários.
“O Movimento Empresarial pela Inovação busca aproximar oportunidades às reais necessidades das empresas regionais. Sem inovação, não há competitividade, e sem competitividade, as empresas não sobrevivem”, disse Vargas.
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