O trânsito caótico nas ruas e avenidas, principalmente da região central em Anápolis, tem se tornado um desafio para sucessivas administrações. A cidade, que nasceu sem ser planejada, sofre, hoje, um dos males das grandes comunidades: engarrafamentos e muitos acidentes. Para a falta de planejamento do passado, só há um remédio agora: planejar para o futuro.
Em entrevista ao CONTEXTO, o diretor da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte, Tenente Edson Perez, disse que uma alternativa que está sendo buscada é a elaboração do Plano de Mobilidade, que contará com técnicos especializados em engenharia de tráfego. Entretanto, ele ressaltou que só fazer intervenções para melhorar o fluxo de veículos nas vias não é suficiente. Segundo ele, é necessário, sobretudo, muito investimento na educação de base. Ou seja, para formar motoristas e pedestres mais conscientes.
Aliás, o prefeito Antônio Gomide, na entrevista concedida ao Jornal Contexto, para fazer um balanço dos seis primeiros meses de sua gestão, adiantou que o mote do Plano de Mobilidade Urbana será o pedestre. Conforme relatou, a cidade carece de uma sinalização mais adequada e, também, de meios para garantir acessibilidade aos portadores de deficiência física.
O chefe do Executivo, entretanto, não estabeleceu prazo para o início das ações. Gomide salientou que antes de qualquer mudança, é necessário discutir a mesma com as partes interessadas. No setor central, por exemplo, debater com os comerciantes quais as medidas mais adequadas para que a intervenção contribua na sua revitalização.
Atualmente, de acordo com o IBGE – com base em informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) – a frota circulante em Anápolis é de é de 133.300. Mas, para a CMTT, esse número deve chegar bem próximo de 150.000. Só motocicletas, também conforme dados do IBGE, são 30.523. E a quantidade tem aumentado, na mesma proporção em que aumenta a preocupação das autoridades de trânsito com o número crescente de acidentes envolvendo este tipo de veículo. E o que é pior, com um índice maior de letalidade em relação ao automóvel.
Frota de Anápolis (IBGE/2008)
72.528
Automóvel
7.946
Caminhão
1.392
Caminhão/Trator
10.096
Caminhonete
227
Micro-ônibus
30.523
Motocicleta
9.431
Motoneta
1.154
Ônibus
3
Trator de rodas