Boletim aponta tendência de alta nos casos de síndromes respiratórias em cidades como Catalão, Itumbiara e Aparecida
Números divulgados pelo último boletim epidemiológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que Goiás está entre as 17 unidades da federação com, pelo menos, uma Macrorregião de Saúde de alta tendência de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag).
De acordo com os dados divulgado, no estado, a Macrorregião com alta tendência de aumento é a Centro-Sudoeste, que inclui as regiões de Estrada de Ferro, polo Catalão; Centro Sul, polo Aparecida de Goiânia; e Sul, polo Itumbiara. Isso significa que, nas respectivas cidades, existe uma grande chance de um aumento na quantidade de hospitalizações.
Ainda, segundo o levantamento feito pela Fiocruz, Goiás entre as unidades da federação com sinais de interrupção da tendência de queda de notificação de Srag. Para a instituição, estes sinais pedem cautela na flexibilização de medidas de distanciamento social para redução da transmissão do vírus.
Na última semana o titular da SES-GO, Ismael Alexandrino, informou que os casos de Srag pararam de cair na semana passada, enquanto a velocidade de transmissão do coronavírus, o chamado “Re”, tem subido. No entanto, ele considera que isso não vai refletir, necessariamente, no aumento de mortos, embora deva aumentar a taxa de ocupação dos hospitais. “Não se trata de terceira onda, mas repique de segunda, pois a segunda onda não baixou ainda”, avalia.
Em outra pesquisa feita pela Rede Análise em parceria com a Universidade de Maryland e o Facebook, mostra que, no caso de Goiás, o gráfico aponta uma tendência de aumento e interrupção da queda de sintomas reportados.
Vale lembrar que os alertas sobre essa reversão de tendência de queda foram feitos, também, no mês de janeiro, o que acabou se concretizando, no caso de Goiás, no mês de março com recorde de mortes, hospitalização e fila de espera por Unidade de Terapia Intensiva (UTI).