A Câmara Municipal retoma, na segunda-feira, 7/8, as sessões de plenário, após o recesso parlamentar. Em encontros recentes, o prefeito Roberto Naves (PP) e o deputado Antônio Gomide (PT) têm demonstrado uma postura “republicana”. Qual será o peso do ex-presidente Jair Bolsonaro, como cabo eleitoral nas eleições de 2024?
O retorno

A Câmara Municipal retoma as atividades de plenário na próxima segunda-feira, 07, após o recesso parlamentar de meio de ano, que foi quebrado por duas convocações extraordinárias para votação de projetos polêmicos, ligados a interesses dos servidores públicos municipais.
A retomada é aguardada com expectativa pelos vereadores, que aproveitaram o recesso para um trabalho mais próximo de suas bases políticas.
Afinal, ano que vem é ano de eleição e a conversa com a população deve se intensificar. Quem tem mandato e vai disputar a reeleição ou mesmo outro cargo, precisa dessa “sintonia fina” de quem está do outro lado, ou seja, os eleitores.
Em resumo, é preciso mostrar trabalho.
Boa política

O encontro entre o prefeito Roberto Naves (PP) e o deputado estadual Antônio Gomide (PT), deu muito o que falar.
E, quem esperava por uma troca de farpas entre ambos, acabou frustrado. Roberto e Gomide, ladeados por vários vereadores e repórteres, no dia do desfile de 31 de julho, conversaram de forma animada e, nas entrevistas que concederam, eles trocaram alguns elogios. Obviamente que eles seguem seus caminhos na política e os caminhos são diferentes.
Mas nada que os impeçam de até a campanha de terem uma relação republicana, mirando os interesses maiores de Anápolis.
Embora o prefeito Roberto Naves não seja candidato, ele deve lançar um sucessor e participar de forma ativa no processo eleitoral do ano que vem, para o qual o PT já tem um nome “natural”, que seria o do próprio Gomide.
Cidadania

O presidente regional do Cidadania, Gilvani Felipe, anunciou que o partido tem novo comando em Anápolis.
O ex-candidato a deputado federal, Michel Roriz, é quem assumirá a legenda. Além disso, Roriz também pode vir a disputar a Prefeitura de Anápolis, nas eleições do ano que vem. O Cidadania pretende colocar o nome dele no tabuleiro político.
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Vale lembrar que o Cidadania faz parte de uma federação com o PSDB, partido comandado em Goiás pelo ex-governador Marconi Perillo. Os tucanos também pretendem lançar nome para concorrer ao mesmo cargo.
Assim, os dois partidos terão de conversar sobre a cabeça de chapa. E será uma de cavalheiros, porque Gilvani foi secretário de Marconi. Portanto, já têm uma ligação que vem de lá atrás.
Cabo eleitoral

Não há dúvida de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser um bom cabo eleitoral nas eleições do ano que vem, inclusive, em Anápolis, onde ele obteve boas votações nos dois pleitos que participou.
No entanto, em que pese a sua força política, uma candidatura para o cargo de prefeito, na chama eleição paroquial, precisa muito mais do que esse tipo de apoio. É necessário que aquele que for o candidato, apoiado ou não pelo bolsonarismo, tenha conteúdo, conheça a realidade municipal e tenha projetos exequíveis para apresentar à população.
Além do que, a eleição municipal é uma eleição em que o candidato fica bem próximo do eleitor.
Não é o mesmo que ocorrer em uma eleição para presidente, por exemplo. Tem mais pegada, mais corpo a corpo. Não depende tão somente de redes sociais.
Eleições suplementares

No próximo dia 6, os eleitores do município de Cachoeira Alta escolherão o novo prefeito e vice-prefeito do município.
Já no dia 3 de setembro próximo, será a vez dos eleitores do município de São Simão também escolherem o novo prefeito e vice, na chamada eleição suplementar. A Justiça Eleitoral convoca eleições suplementares sempre que candidatas e candidatos eleitos nos certames ordinários – que ocorrem a cada quatro anos – têm o registro de candidatura indeferido ou são cassados pela prática de algum delito eleitoral.
Notificações vexatórias

Projeto de lei apresentado na Câmara Municipal, de autoria do vereador Eli Rosa (PSC), busca proibir que as empresas concessionárias de serviços públicos, como a Saneago e a Equatorial Goiás, façam notificações vexatórias aos consumidores de seus respectivos serviços
. Na justificativa de sua proposta, o parlamentar cita o caso da empresa de energia, que adotou a prática de colocar adesivo autocolante no medidor (relógio de energia), no caso de a concessionária ter feito alguma intervenção na unidade consumidora.
Segundo Eli Rosa, tal medida, inclusive, não está prevista na Resolução 1000 da Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL.

- Troca na Secretaria Municipal de Comunicação: Luís Gustavo Souza Rocha deixou a pasta, agora ocupada por Pedro Eduardo Carrijo Lacerda Lindolfo.
- O deputado federal Rubens Otoni recebeu na última terça-feira, 1º/8, o Título de Cidadão Bernardense, em uma sessão solene na Câmara Municipal de Padre Bernardo.
- Aprovado na Alego, projeto do deputado Amilton Filho (MDB), que resguarda os consumidores goianos do pagamento de multas rescisórias aplicadas quando da ocorrência de casos fortuitos durante a vigência de contrato de permanência mínima junto às operadoras de telefonia móvel.
- Amilton Filho explica ser comum a venda de planos de telefonia móvel com a previsão de um período de fidelidade de 12 meses. No contrato, é prevista multa contratual em casos de rescisão antecipada. “Porém, vale ressaltar e excepcionar os casos de furto e roubo dos aparelhos celulares”, argumenta o parlamentar.
- “Não se faz oposição brigando nas ruas, mas com princípios e valores. Aprendemos a fazer política dialogando com as pessoas. É isso que queremos para o Brasil”. Frase do deputado estadual Antônio Gomide (PT).




