Pesquisa do IBGE também revela que a taxa de desocupação, no primeiro trimestre deste ano, é de 12,4%, menor que a taxa nacional, de 14,1%
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Contínua (PNAD Contínua), a taxa de desocupação em Goiás foi de 12,4% no segundo trimestre de 2021, indicando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (13,5%) e em relação ao mesmo trimestre de 2020.
Em números absolutos, o valor representa 447 mil desocupados no estado entre os meses de abril e junho. A taxa estadual foi 1,7 ponto percentual menor que a nacional (14,1%), com isso Goiás se posicionou como o oitavo estado com a menor taxa de desocupação do país.
A pesquisa averiguou que Goiás possuía 3,61 milhões de pessoas na força de trabalho no trimestre em questão. A força de trabalho é composta pelos ocupados (incluindo subocupados por insuficiência de horas) e desocupados. Já a taxa de desocupação é o percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho durante o período analisado.
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A taxa de informalidade permaneceu estável em Goiás no primeiro trimestre de 2021 quando comparada com o trimestre imediatamente anterior. A quantidade de trabalhadores dessa categoria foi estimada em 1,32 milhão de pessoas, o que representava 41,7% da população ocupada, enquanto o estimado no trimestre anterior foi de 1,27 milhão de pessoas (40,9% da população ocupada). Assim, Goiás fica acima da taxa média nacional que foi de 40,6% para o segundo trimestre de 2021.
A taxa de informalidade considera as seguintes categorias: empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada; empregadores sem registro no CNPJ; trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhadores familiares auxiliares.
Emprego formal
O emprego formal também registrou estabilidade na comparação entre primeiro trimestre de 2021 e segundo trimestre de 2021. O setor privado registrou aumento de 23 mil trabalhadores com carteira assinada frente ao trimestre de janeiro a março de 2021, enquanto os trabalhadores domésticos com carteira assinada aumentaram em 1 mil empregados. Na mesma comparação, houve perda de 3 mil empregadores com CNPJ e aumento 7 mil empregados do setor público com carteira assinada. Já a categoria dos trabalhadores por conta própria com CNPJ teve redução de 9 mil trabalhadores. No total, cerca de 3,17 milhões de pessoas estavam ocupadas no período analisado pela pesquisa.
A taxa de subutilização da força de trabalho em Goiás foi de 21,1%, indicando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (22,4%) e diminuição em relação ao mesmo trimestre de 2020 (24,6%).
No segundo trimestre de 2021 havia 803 mil pessoas em uma das seguintes condições: subocupadas por insuficiência de horas, desocupadas, indisponíveis ou desalentadas. Trata-se de 48 mil pessoas a menos do que no primeiro trimestre de 2021 e 137 mil a menos do que no segundo trimestre de 2020.
Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, Goiás apresentou estabilidade no número de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, saindo de 157 mil para 162 mil pessoas. Essa categoria abrange a parcela dos ocupados que, na semana de referência, trabalharam menos de 40 horas e apresentaram disponibilidade e interesse em trabalhar mais. Ou seja, são pessoas que, apesar de estarem inseridas no mercado de trabalho, encontram-se subutilizadas na informalidade.
Já a força de trabalho potencial, que é composta pelos desalentados e indisponíveis, decresceu 43,8% em relação ao mesmo período de 2020. De abril a junho de 2021, havia 194 mil pessoas neste grupo, 81 mil desalentados e 113 mil indisponíveis, enquanto no 2º trimestre de 2020 eram 345 mil na força de trabalho potencial, sendo 118 mil desalentados e 227 mil indisponíveis.
Informação
Em relação aos grupamentos de atividades no trabalho principal, a pesquisa registrou estabilidade em todos os grupamentos entre o segundo e o primeiro trimestre de 2021. Entretanto, houve variação significativa na comparação com o mesmo período do ano anterior para os trabalhadores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (25,6%), passando de 288 mil para 362 mil pessoas.
Sobre a PNAD
A pesquisa visa acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.
Para atender a tais objetivos, a pesquisa foi planejada para produzir indicadores trimestrais sobre a força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes (como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, tecnologia da informação e da comunicação etc.), investigados em um trimestre específico ou aplicados em uma parte da amostra a cada trimestre e acumulados para gerar resultados anuais, sendo produzidos, também, com periodicidade variável, indicadores sobre outros temas suplementares.